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Desafiado por Gilmar Rinaldi, Romário mantém críticas e o chama de "medíocre"

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A troca de farpas entre ex-jogadores da seleção brasileira campeã do mundo em 1994 não para. Uma semana depois de Romário afirmar que há interesses escusos nas convocações das seleções brasileiras, Gilmar Rinaldi rebateu as críticas pedindo para que ele deixe a imunidade parlamentar e apresente provas do que diz. 

"Falar é uma coisa, numa tribuna protegido por uma imunidade, aí é muito fácil. Eu falo aqui no programa e estou à disposição. Ninguém vai questionar minha idoneidade", disse Gilmar no programa "Bem, Amigos", do SporTV, segunda-feira. 

Um dia depois, Romário usou sua conta no Facebook para reforçar suas declarações ao jornal "Gazetta Dello Sport" dada na última semana. Ele criticou Gilmar, a quem chamou de ex-jogador e empresário "medíocre", questionando aceitar. Leia a nota de Romário:

"Fiz duras críticas à convocação de jogadores na Seleção e mantenho minha posição. As convocações têm sido motivadas por forte interesse financeiro.

Estão me pedindo provas, não preciso ir muito longe, o jornal O Estado de S. Paulo tornou público um contrato da CBF com a empresa a ISE, para a realização de amistosos da Seleção Brasileira.

Está explícito no contrato que a lista de jogadores convocados atende a critérios estabelecidos pelos parceiros comerciais e qualquer substituição precisa ser realizada em "mútuo acordo" entre CBF e empresários. O contrato deixa claro: o jogador que substituir um "titular" precisa ter o mesmo "valor de marketing'' do substituído.

Onde ficam os critérios técnicos?

Quem define quais jogadores convocados? O técnico ou os parceiros comerciais?

Sobre Gilmar Rinaldi, tenho todo direito de afirmar que ele não deveria ocupar o cargo de coordenador da seleção brasileira. Até um dia antes dele ser anunciado para a função, Gilmar Rinaldi era empresário de jogador de futebol. Não acredito na isenção dele para o cargo.

Ontem, em um programa de TV, ele afirmou que abriria o sigilo bancário dele se eu abrisse mão da minha “imunidade parlamentar” e abrisse minhas contas. Cabe esclarecer diante da total ignorância deste senhor sobre a imunidade parlamentar. A Constituição Brasileira preconiza em seu artigo Art. 53:

“Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”.

Ou seja, imunidade parlamentar não tem nenhuma relação com a abertura do meu sigilo bancário. Sobre mim não pesa nenhuma suspeita.

Gilmar Rinaldi tem que se colocar no lugar dele. Sou senador da República, legitimado por quase 5 milhões de pessoas, enquanto ele foi indicado para um cargo em uma entidade corrupta depois de ter sido um jogador e empresário medíocre.

Ele só ocupa o cargo de coordenador da seleção porque foi indicado por pessoas como José Maria Marin, que está preso na Suíça, e Marco Polo Del Nero, outro alvo do FBI. Ele tem que desafiar seus iguais, pessoas iguais a ele.


Fonte: IG

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