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Projeto fotografa crianças com Síndrome de Down em nome da inclusão social

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Captar o ser por meio da fotografia é o objetivo da fotógrafa piauiense Paula Moreira com o Projeto Outro Olhar. Criado há mais de três anos, Outro Olhar fotografa crianças com Síndrome de Down em momentos de diversão e brincadeiras em prol da inclusão social. Com mais de 50 ensaios fotográficos realizados surgiu a Exposição Outro Olhar, que acontece entre os dias 05 e 13 de outubro, no Teresina Shopping.

A abertura da exposição contará com a presença da Secretária Estadual de Educação, Rejane Dias; do Secretário Estadual para Inclusão da Pessoa com Deficiência, Mauro Eduardo; ator, judoca e defensor do Movimento Down, Breno Viola; Miguel Campos e Renata Campos, filho e viúva do ex-governador Eduardo Campos; Ivy Faria, filha do senador Romário. 

A cada mês, uma criança é fotografada gratuitamente pelo projeto. A seleção é feita por meio de sorteio com as famílias que estão cadastradas para participar. “A intenção é mostrar que uma criança com Síndrome de Down possui muito mais semelhanças do que diferenças com as outras crianças. Elas brincam, correm, se divertem como qualquer criança. Então, a ideia é quebrar o estigma por meio da imagem”, ressaltou a fotógrafa.
 
Inicialmente, as fotografias eram divulgadas nas redes sociais em meio às imagens de outras crianças e, assim, promover e estimular a aceitação da sociedade acerca da Síndrome de Down. “A exposição surgiu porque o acervo de imagens se tornou cada vez maior e também pela necessidade de atingir uma quantidade cada vez maior de pessoas com o projeto”, explicou Paula.

Orgulhosa de ter a filha, Maria Amélia, de 4 anos, como uma das crianças fotografadas para a exposição, Ruth Rodrigues comenta sobre a importância do projeto para a filha. “Foi uma experiência tão nova, que o estúdio se tornou um dos lugares preferidos da Maria. Ela ama estar nele e eu percebo que ela se sente mais leve, que ela participa e interage mais. No estúdio, a Maria Amélia é mais espontânea, mais criativa. É emocionante acompanhar esse processo de desenvolvimento e descobertas dela”, disse a mãe.
 
Segundo a ONG Movimento Down, não existem estatísticas específicas sobre o número de brasileiros com Síndrome de Down, mas sim uma estimativa em que a cada 700 nascimentos, uma pessoa nasce com a trissomia do cromossomo 21. “Quando você começa a fazer parte desse mundo, você percebe que existe uma necessidade da inclusão social se fazer cada vez mais presente e diariamente. E o quanto essa inclusão ainda é difícil, pequena e rara”, finalizou a fotógrafa.

 

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