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Suspeito de ferir policial é preso na casa da ex com cédulas de 4 países

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  • pelebreu7.jpg Foto: Lucas Marreiros/Cidade Verde
  • pelebreu2.jpg Pelebreu negou ter cometido os crimes
    Foto: Lucas Marreiros/Cidade Verde
  • pelebreu1.jpg Delegado Baretta contesta versão do suspeito
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  • pelebreu3.jpg Foto: Lucas Marreiros/Cidade Verde
  • pelebreu4.jpg Delegado Menandro Pedro, da Delegacia de Entorpecentes
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  • pelebreu5.jpg Delegado Humberto Mácola diz que suspeito estava pronto para atirar
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  • pelebreu6.jpg Foto: Lucas Marreiros/Cidade Verde

Atualizada às 18h12

Policiais da Delegacia de Homicídios prenderam na tarde desta sexta-feira (2) José Expedito de Lima, conhecido como Pelebreu. Ele é suspeito de comandar o tráfico de drogas no Morro dos Cegos, zona Sul de Teresina (PI), além de investigado por pelo menos três assassinatos. Seu grupo é apontado como responsável pelo tiroteio contra policiais que iriam prendê-lo nesta semana. Na ocorrência, um policial ficou ferido.  

Pelebreu foi preso em cumprimento a mandado de busca e apreensão na região do bairro Itararé, zona Sudeste de Teresina. Com ele foram encontradas uma escopeta e uma pistola 380, além de munições e cédulas de Real e moedas de outros quatro países. O suspeito, investigado em pelo menos sete processos, foi levado para a Delegacia de Homicídios. 

Uma equipe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (Depre) tentou cumprir mandado de prisão contra o suspeito na madrugada da última terça-feira (29). Depois de encontrar um corpo com marcas de tiros, os policiais foram recebidos por mais de 50 disparos de pistola e revólver. A suspeita é de que quatro bandidos tenham participado do tiroteio no Morro dos Cegos, localizado entre as vilas Irmã Dulce e Palitolândia. 

"Desde a troca de tiros a gente caiu em campo para descobrir o paradeiro através de monitoramento. Reunimos todas as equipes da Delegacia de Homicídios e conseguimos lograr êxito na sua prisão. Encontramos ele em um esconderijo na casa da ex-mulher, onde também moram duas filhas dele", informou o delegado Humberto Mácola. 

Ainda de acordo com o delegado, o suspeito foi encontrado com uma pistola 380 em mãos. "Ele estava pronto para disparar. Esta é uma pistola automática e ele estava com 60 munições, mas foi impedido pelas equipes."

Dinheiro de vários países
Foi encontrado ainda com o suspeito uma quantidade pequena de maconha e crack, cerca de R$ 300 em dinheiro e ainda cédulas de outros países em menor quantidade, como Euro (de países da Europa), Guarani (do Paraguai), Dirham (dos Emirádos Árabes) e o Dólar Neozelandês (da Nova Zelândia). 

Para o delegado Humberto Mácola, as cédulas podem ser provenientes de relações com o tráfico interestadual e até internacional. "Ele afirma que o dinheiro é dele. Mas isso ainda precisa ser investigado, porque esse dinheiro pode ser proveniente tanto de usuários como também pode ter vindo com a droga de outros estados ou de outros países", afirmou. 

Prisão virou "questão de honra"
O delegado geral da Polícia Civil, Riedel Batista, afirmou que a prisão do suspeito era primordial. "Ele é um indivíduo de alta periculosidade, baleou um policial civil no início desta semana e por isso era uma questão de honra para a polícia prendê-lo", ressaltou. 

A polícia tem informações de que o suspeito estava no local no momento da troca de tiros. 

A Delegacia de Homicídios também investiga casos envolvendo Pelebreu, como explicou o delegado Francisco Costa, o Baretta. "Existem pelo menos três inquéritos de homicídios nos quais ele está sendo investigado, além do corpo que foi encontrado no dia em que o policial foi atingido."

Pelebreu se defende
Na Delegacia de Homicídios, o suspeito revelou que não se entregou por medo. "Eu não me entreguei com medo porque disseram que eu baleei um policial. Dizem que fiz isso ou aquilo, mas é só conversa fiada", alegou Pelebreu. 

Baretta contestou o suspeito. "Ele nega, mas ele é um profissional do crime. E a polícia é que tem que juntar as provas para provar a sua culpa", completou. 

No início da semana, o delegado Menandro Pedro, da Depre, revelou ter recebido informações de que Pelebreu estaria exigindo que homens pedissem sua autorização para namorarem mulheres da comunidade. 

Fábio Lima
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