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Manifestantes passam a noite em praça para evitar derrubada de árvores

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Moradores e ativistas do meio ambiente ocupam desde ontem (4) a Praça das Ações Comunitárias, no bairro Parque Píauí, zona Sul de Teresina, destinada a construção do Terminal de Integração do transporte público rodoviário de Teresina. Os manifestantes montaram campana na praça para impedir a derrubada de qualquer uma das 177 árvores presentes no local. A prefeitura prevê retirada de 96 espécimes da praça. 

A funcionária pública Gilsa Queiroz foi uma das que plantou algumas das árvores existentes hoje na praça e se diz revoltada com a situação. “Eu moro nesse bairro há 40 anos, cresci com essas árvores, não vamos deixar que sejam derrubadas, nem que a gente tenha que ficar aqui. O que nos revolta também é que nunca conversaram com a gente”, disse a moradora. 

A ambientalista Tânia Martins informou que as espécimes diferentes têm características de biomas diversos e por isso a derrubada representa uma significativa perda para a cidade de Teresina. “Aqui há árvores do Cerrado, da Mata de Cocais e inclusive típicas da Mata Atlântica que é protegida por lei, só por essas árvores a obra já poderia ser embargada”, explica. 

Luciene Rego, moradora do bairro e manifestante, informou que a Rede Ambiental do Piauí (Reapi) realizou um estudo e constatou os impactos que a perda da vegetação no local podem causar ao meio ambiente.

Dentre as consequências estão: aumento de até três graus na temperatura média da região, perda da fauna responsável pelo equilíbrio ecológico, aumento da poluição do ar e sonora, perda da área de lazer e ainda impactos socioculturais como a perda da identidade cultural, perda do espaço público para ações da comunidade e destruição do patrimônio e memória do bairro. 

“Nós já procuramos o Ministério Público, o Ibama, a Semar, a Polícia Ambiental e vamos buscar apoio junto à Defensoria Pública. Essa historia de compensação ambiental não nos convence. O verde tem que ser ampliado e não compensado”, argumenta. 

Os moradores afirmam que há próximo à praça vários terrenos subutilizados que poderiam servir para a construção do terminal sem impactos ao meio ambiente.

Os tapumes que cercavam toda a região que abriga as 177 árvores foram retirados pelos moradores e homens da Prefeitura de Teresina faziam o recolhimento das peças de metal na manhã desta segunda-feira (5). 

Strans

A arquiteta da Superintentendência de Transportes e Trânsito (Strans), Lívia Macedo, responsável pela obra, informou que a prefeitura realizou convocação dos moradores à época do lançamento do Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana de Teresina. Segundo ela, poucos moradores apareceram. 

Ela informou ainda que serão derrubadas 96 árvores e que haverá a compensação desta retirada, com o plantio do dobro da quantidade (192) de árvores no próprio bairro. Quanto aos terrenos próximos à praça, a arquiteta explicou que a prefeitura buscou a negociação, mas o valor cobrado pelos proprietários foram muito elevados e gerariam uma despesa excessiva à prefeitura. 

O local foi escolhido pela distância do Centro da cidade, que deve ser de no máximo 6 km. Lívia informou que a Strans tentará ainda negociar com os moradores mas que a obra prosseguirá, devido às verbas que já foram disponibilizadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade e que, se não utilizadas, retornarão ao governo federal. 


Flash de Maria Romero
Redação Caroline Oliveira com informações de Francisco Lima

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