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Reitor da UESPI pede que alunos andem em grupo e diz que segurança foi reforçada

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O reitor da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), Nouga Batista, comentou em entrevista ao Jornal do Piauí dessa sexta-feira (16) a situação de insegurança na instituição. Após repetidos assaltos dentro das salas de aula, o reitor pediu que os alunos evitem andar sozinhos e em espaços sem iluminação na Universidade.

"Como indivíduos temos que ter comportamento preventivo. Vamos tentar permanecer em grupo, a universidade tem locais sem claridade devida, é ideal evitar esses locais. A polícia Militar e Civil já estão no caso e já apontam quem seja a pessoa suspeita. Agora é torcer para que ele seja encontrado e as pessoas possam ter sua tranquilidade de volta", informou.

O reitor fez um desabafo em seu perfil no Facebook na última quarta-feira (14) e destacou a "grave crise que a Uespi tem vivido de infraestrutura, insegurança jurídica e administrativa de seus marcos regulatórios, e mais recentemente o clima de insegurança". Ele completou: "Me desculpem todos, não posso me conter".

Ele destacou que fez a publicação como forma de dar uma resposta à população e mostrar que também está indignado com a situação.

"A comunidade acadêmica não quer uma administração superior que não esteja empenhada. Não é algo que eu gostaria de divulgar, mas temos que demonstrar que o que aflige a comunidade, aflige a administração também. Eu tive que compartilhar até como forma de dar satisfação", declarou.

Nouga disse que desde os primeiros assaltos, a Secretaria de Segurança foi procurada e a PM passou a fazer rondas dentro do campus da Uespi na zona Norte de Teresina. Contudo, como os assaltos têm ocorrido dentro das salas de aula, não está sendo possível coibir todas as ações.

"Até onde se tem notícia, a pessoa que entra se veste como um estudante qualquer, o policial não vai olhar e ver como suspeito. Os assaltos acontecem dentro da sala de aula, por mais que se aumente a segurança, dentro da sala de aula não se pode prever. O que seria ideal é ter um policial dentro de cada sala, mas isso é absurdo, impensado do ponto de vista da gestão", declarou.

O reitor comentou ainda sobre as soluções em outras universidades do Brasil, onde o acesso foi restringido para evitar ações criminosas e manter a segurança de alunos, professores e servidores. Ele destacou, contudo, que o prédio da Uespi não favorece a fiscalização, por ter sido construído há 35 anos e não ter sido pensado para controlar a entrada de pessoas.  

 

Maria Romero
redaçã[email protected] 

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