A Fifa divulgou nesta terça-feira quem são os indicados à Bola de Ouro 2015, e a lista só comprova uma concentração de poder nos principais clubes europeus – muito mais do que em grandes seleções. E, mesmo em meio à elite europeia, há também um grande desequilíbrio de forças.
Vencedor da Liga dos Campeões, do Campeonato Espanhol e da Copa do Rei, o Barcelona aparece com seis jogadores no páreo, o maior número. Seu arquirrival Real Madrid tem cinco, assim como o Bayern de Munique. Juntos, os três clubes dão conta de 69% da relação. O quarto lugar da relação mostra o Manchester City, com três atletas. Somando o novo rico inglês, temos quatro agremiações concentrando 82% da nata do futebol neste ano.
Isto é, se fosse para ter um bolão mundial da edição 2015-2016 da Champions League, muito provavelmente Barça, Real e Bayern seriam os mais votados como semifinalistas. A questão que fica é se o Manchester City, enfim, conseguiria fazer uma longa campanha pelo torneio continental. Será que vai?
Os ‘avulsos’ que complementam os 23 indicados são Arsenal (com Alexis Sánchez), Chelsea (Eden Hazard), Juventus (Paul Pogba) e Paris Saint-Germain (Zlatan Ibrahimovic).
Uma curiosidade é que apenas dois dos jogadores enumerados mudaram de clube durante a temporada: o belga Kevin De Bruyne, meia de 24 anos que brilhou pelo Wolfsburg, na Alemanha, e foi a contratação mais cara da última janela de transferências, pelo Manchester City, e o chileno Arturo Vidal, que saiu da vice-campeã europeia Juventus para deixar ainda mais forte o meio-campo do Bayern de Munique.
Em termos de nacionalidades, a divisão de forças é muito mais nivelada. A Alemanha e Argentina, campeãe vice da última Copa do Mundo, respectivamente, dividem a liderança, com três cada: Manuel Neuer, Toni Kroos e Thomas Mueller de um lado e Lionel Messi, Sergio Agüero e Javier Mascherano do outro.
Os outros países que conseguiram múltiplos candidatos foram Bélgica (Eden Hazard e Kevin De Bruyne), França (Paul Pogba e Karim Nelzema) e Chile (Alexis Sánchez e Arturo Vidal) – causa impacto aqui certamente a conquista da Copa América.
Assim como o Brasil, com Neymar, Colômbia (James Rodríguez), Costa do Marfim (Yaya Touré), Croácia (Ivan Raktic), Espanha (Andrés Iniesta), Holanda (Arjen Robben), País de Gales (Gareth Bale), Polônia (Robert Lewandowski), Portugal (Cristiano Ronaldo), Suécia (Zlatan Ibrahimovic), Uruguai (Luis Suárez).
Confira a lista final:
Sergio Agüero (Manchester City, Argentina)
Gareth Bale (Real Madrid, País de Gales)
Karim Benzema (Real Madrid, França)
Cristiano Ronaldo (Real Madrid, Portugal)
Kevin De Bruyne (Wolfsburg/Manchester City, Bélgica)
Eden Hazard (Chelsea, Bélgica)
Zlatan Ibrahimovic (Paris Saint-Germain, Suécia)
Andrés Iniesta (Barcelona, Espanha)
Toni Kroos (Real Madrid, Alemanha)
Robert Lewandowski (Bayern de Munique, Polônia)
Javier Mascherano (Barcelona, Argentina)
Lionel Messi (Barcelona, Argentina)
Thomas Müller (Bayern de Munique, Alemanha)
Manuel Neuer (Bayern de Munique, Alemanha)
Neymar (Barcelona, Brasil)
Paul Pogba (Juventus, França)
Ivan Rakitic (Barcelona, Croácia)
Arjen Robben (Bayern de Munique, Holanda)
James Rodríguez (Real Madrid, Colômbia)
Alexis Sánchez (Arsenal, Chile)
Luis Suárez (Barcelona, Uruguai)
Yaya Touré (Manchester City, Costa do Marfim)
Arturo Vidal (Juventus/Bayern de Munique, Chile)
Fonte: IG
