O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na tarde desta quarta-feira (21), ao chegar à escola estadual Didácio Silva, no bairro Dirceu Arcoverde, zona sudeste de Teresina, que não acredita no impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Ele se referia a um novo pedido formulado na Câmara dos Deputados por líderes da oposição (DEM, PSDB, PPS e Solidariedade).
"Não acredito no impeachment da presidente Dilma", afirmou rapidamente à imprensa ao chegar à unidade escolar por volta das 17h. O ex-presidente, que recebeu o Título de Cidadão Piauiense e Teresinense no final da manhã, cumprimentou moradores sentados na porta das casas e, bastante assediado, parou para tirar fotos.
A Escola Didácio Silva possui 450 alunos que estudam em regime de tempo integral. Lula vai participar de uma mesa redonda onde conversará com professores e alunos. Segundo a professora Angélica Oliveira, a unidade escolar possui evasão zero e títulos em olimpíadas de matemática e português.
"Também fazemos reforço de pré-vestibular, convidando professores de fora. A nossa escola é evasão zero", afirmou a professora.
Acompanham o ex-presidente, o governador Wellington Dias e a secretaria de Educação Rejane Dias. Participam da mesa redonda, o reitor da Uespi, Nouga Batista; a estudante Géssica de Sousa Fernandes; o diretor de escola Alberto Machado; o reitor da Ufpi Arimatea Dantas, além do diretor do Instituto Lula, Luiz Dulci.
Atualizada às 18h40 (horário local)
O diretor da escola Didácio Silva, Alberto Machado, fez um relato para o ex-presidente Lula informando que a unidade escolar possui "zero casos de violência e evasão". Segundo ele, o índice de aprovação de alunos chega a 98%. Machado defendia o modelo de escola de tempo integral quando foi interpelado por Lula sobre como conseguiria convencer alguém que aquela escola está dando certo. Em resposta, o professor disse que era preciso ter amor pela educação, vivenciar a escola e buscar integração com a família.
Carlos Eduardo, diretor da escola Raldir Cavalcante Bastos, localizada no Renascença, tambem falou durante o bate-papo e destacou o salto no Ideb de 2.8 para 7.1, número acima da média nacional.
A secretária de educação, Rejane Dias, lembrou a experiência de Cocal dos Alves e garantiu que vai ampliar o número de escolas. "Os testemunhos dados são fantásticos e provando que está dando certo. Temos a família presente com o aplicativo mobile educa, onde a frequência dos alunos é monitorada", disse.
Após ouvir as considerações dos que participavam do evento, Lula desceu e perguntou para três estudantes o motivo de a escola Didácio Silva ser referência. Joeline Maria Soares da Silva, Eduardo Monteiro, Ana Paula Teixeira, todos de 15 anos, disseram que a escola está educando e integrando os alunos. Citaram o "Projeto Abraçar, onde um grupo professores adota uma sala de aula para melhorar seu desempenho.
Finalizando, Lula fez um discurso em defesa da educação onde disse que esta é a maior herança que o pais deixa para um filho. "Tem gente que pensa que é dinheiro, que é carro, mas a maior herança que se pode deixar para o filho é a educação. A dedicação de professores e alunos vale mais do que dinheiro.", afirmou.
O ex-presidente disse ainda que 75% dos royalties de petroleo serão destinados para educação e que o Piauí é exemplo para Rio de Janeiro e São Paulo de como melhorar a educação.
"Escolas de cidades pobres, de povo simples, estão dando resultados. O governo de São Paulo não precisa ir a cidades estrangeiras, basta vir ao interior do Piauí conhecer uma educação de qualidade", declarou.
O ex-presidente deixou a escola por volta das 19h e seguiu para a Plenária de Mobilização pela Educação, no Hotel Blue Tree Towers Poty.
Flash Yala Sena
Hérlon Moraes (Da Redação)
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