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Manifestantes invadem ADH e exigem reunião com governador; Tropa de choque é acionada

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Ampliado às 18h27 (horário local)

O diretor de Habitação da ADH, Nonato Castro, disse que não há casas para os manifestantes que ocupam o prédio. As residências que estão sendo concluídas no conjunto habitacional, segundo ele, serão entregues para usuários sorteados.

"Eu acho que essa invasão tem alguma relação com a audiência que vai ter dia 29 no Ministério Público para a gente entrar no entendimento. A ADH não pode fazer nada no momento. Conversamos com os invasores e eles disseram que não iam desocupar só com isso, queriam uma audiencia com o governador. Não existe casa para essas familias. As casas que eles querem são casas que estão no final de construção e que serão entregues para os verdadeiros donos", afirmou.

Segundo ele, todas as famílias que ocupam o local já foram cadastradas e podem participar de outros programas do governo. "Eles podem ser incluídos em outros programas, já fizemos o cadastro", garantiu.

Ampliado às 18h13 (horário local)
Depois de 10 horas de resistência, a manifestante Maria da Conceição Sena, que ocupa uma casa no Jacinta Andrade há nove meses, revelou detalhes da ocupação ao pédio da ADH. 

"A situação está horrível. Lá tem idosos e crianças e está muito quente. A gente está aqui desde as 8h da manhã e ninguém vai sair daqui até que o governador venha resolver", disse a manifestante, que saiu em busca de água.  

De acordo com Maria da Conceição, a reunião marcada com o secretário de Governo, Merlong Solano, não resolveria a situação dos moradores. "A gente já marcou várias audiências com ele e nunca é feito nada, porque ele diz que não tem poder. Então a gente quer a presença do governador."

Os manifestantes pretendem permanecer no prédio da ADH até a audiência prevista para esta quarta-feira, às 14h. O grupo pretende retornar para a Agência caso o problema não seja solucionado. 

Postado às 17h26 (horário local)
Cerca de 50 manifestantes ocuparam a presidência da Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH) nesta terça-feira (27). Os moradores reivindicam melhorias no conjunto habitacional Jacinta Andrade. A coronel Júlia Beatriz, do gerenciamento de crise da Polícia Militar, está no local tentando convencer os manifestantes a saírem do prédio.

"Estamos dando um tempo para que eles possam sair por vontade própria. Já desligamos a energia e a água para que eles percebam que não podem ficar lá", informou a coronel. Ela disse ainda que, dentre os ocupantes, a maioria é de crianças acompanhada pelos pais. "Eles estão sendo irredutíveis e estão colocando as crianças em risco", completou.

Os moradores do Jacinta Andrade exigem uma reunião com o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), para solicitar a regularização da permanência deles no conjunto, que ocupam desde 2012. "Eles também pedem creches e mais assistência por parte do governo. Vejo que esta situação está difícil: se por um lado as famílias precisam disso, por outro, o governo já poderia ter tomado uma atitude", defende a coordenadora do movimento nacional de luta por moradia, Josefa Lima.

Da janela do último andar do prédio, os manifestantes gritam por representantes do Ministério Público e dos Direitos Humanos. Quinze policiais da Rone (rondas Ostensivas de Natureza Especial) e da Tropa de Choque estão no local para garantir a evacuação do prédio. Devido ao protesto, os moradores conseguiram uma reunião marcada para as 14h desta quarta-feira (28), no Palácio de Karnak, com o secretário de Governo, Merlong Solano. "Não faz sentido eles continuarem aqui, se já conseguiram a reunião", considera a coronel Júlia Beatriz.

O Conselho Tutelar chegou no prédio em razão das 28 crianças que estariam participando da invasão. Os três conselheiros tutelares foram solicitados pelos manifestantes. Eles entraram no prédio por volta de 17h30 e não falaram com a imprensa. Os moradores reclamam que as crianças estão com fome e sede.

 

Flash de Lucas Marreiros (Especial para o Cidadeverde.com)
Redação de Jordana Cury
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