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Papa: "É triste ver sacerdotes e bispos apegados ao dinheiro"

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O papa Francisco disse nesta sexta-feira (6) que é "triste" ver que há sacerdotes e bispos "apegados ao dinheiro", e apelou para que "vençam a tentação de uma vida dupla" em sua homilia da missa realizada em sua residência no Vaticano.

O pontífice disparou contra o que qualificou de "carreiristas, apegados ao dinheiro" que prejudicam a Igreja Católica. "O cristão está chamado ao serviço, não a servir-se dos outros", acrescentou o papa. As palavras de Francisco foram ditas no dia seguinte da publicação de dois livros com documentos secretos da Santa Sé apontando irregularidades financeiras no Vaticano e de excessos de despesas cometidos por cardeais.

Concretamente, são oferecidos dados dos apartamentos e residências de alguns cardeais e bispos, como o ex-secretário de Estado Tarsicio Bertone, que vive em uma mansão que vale milhões de euros. O Vaticano indicou nesta semana que os documentos contidos nesses livros procedem de relatórios realizados por órgãos da Santa Sé por encomenda do papa em seu plano de reforma interna das instituições vaticanas e que correspondem a uma "fase de trabalho já superada".

Solidão - Emiliano Fittipaldi, autor de "Avarizia", livro com documentos secretos do Vaticano afirmou nesta semana que o papa "está bastante só". Segundo o autor, o papa tenta fazer reformas estruturais e promover a transparência nas finanças do Vaticano, mas sua missão está sendo sabotada por membros da própria Igreja Católica. Fittipaldi também revelou que, nos processos de canonização, familiares dos candidatos a beatos ou santos são cobrados. "Há alguns casos nos quais os parentes das pessoas que morreram e que estão à espera de ser beatificados e canonizados podem pagar até 200.000, 300.000 ou 400.000 euros", disse.

O outro livro publicano nesta semana sobre escândalos no Vaticano chama-se "Via Crucis", do também italiano Gianluigi Nuzzi. Mesmo antes de serem lançados, as obras foram responsáveis pelo afastamento do padre espanhol Lucio Vallejo Balda - que segue preso no Vaticano - e da italiana Francesca Chaouqui. Ambos são apontados como os autores do vazamento dos documentos sobre as finanças da Santa Sé.

Fonte: Veja

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