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Lista do MP inclui esquizofrênicos e torturadores

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Os candidatos que sofreram pedidos de impugnação pelo Ministério Público nos Estados incluem até suspeitos de esquizofrenia, tortura e um "agente duplo" que está filiado ao PT e PSDB ao mesmo tempo.

Em Goiás, a Promotoria entrou com ação contra o candidato a vereador em Vianópolis (96 km de Goiânia) Edson Timóteo Mendonça (PDT) por considerá-lo incapaz para exercer o cargo.

Segundo o Ministério Público, Mendonça, 44, cujo nome na urna seria "Irmão Timóteo", sofre de esquizofrenia paranóide e respondeu a processo nos anos 90 por provocar um incêndio na cidade.

Na época, a defesa argumentou que ele sofria de distúrbios mentais, o que ficou comprovado em perícia médica.

"Se tem um problema de saúde mental, é incapaz de usar a vida civil e não pode exercer um cargo na política", diz o promotor Maurício Gebrim.

Mendonça tentou concorrer em 2004, mas também foi impedido. Segundo o PDT em Vianópolis, o candidato argumenta que já se curou da doença.

No Maranhão, o vice-prefeito de Trizidela do Vale (230 km de São Luís), Frederick Maia (PPS), teve a cassação da candidatura à reeleição sugerida pelo MP por responder por crime de tortura contra um adolescente. Maia nega a acusação e diz que foi vítima de "armação política" e que chegou a ser extorquido por familiares do garoto.

Outro caso de candidato barrado por graves antecedentes ocorreu em Pernambuco. O Ministério Público do Estado tenta impedir de participar da eleição um ex-PM que responde por oito homicídios e que já foi afastado da polícia por dois decretos do governador. Só no Estado, a Promotoria já pediu a impugnação de 342 candidatos.

Em Minas, em Ribeirão das Neves (região metropolitana de Belo Horizonte), um suspeito de roubo a mão armada acabou preso após registrar candidatura. Ele tinha mandado de prisão em aberto desde 1999. A promotora eleitoral Luciana Guedes disse que o fato foi comunicado à Polícia Civil, que localizou o foragido. Ele acabou com a candidatura impugnada.

Na cidade goiana de Panamá (178 km de Goiânia), um candidato que era filiado desde 2003 ao PT se registrou para as próximas eleições no partido que é o maior rival no plano nacional --o PSDB-- e sofreu pedido de impugnação. Segundo o Ministério Público, o PT e a Justiça desconheciam a dupla filiação.

Após a Promotoria dos Estados pedir a impugnação, a Justiça Eleitoral avalia e decide se barra ou não a candidatura.

Fonte: Folha Online

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