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Amariles Borba adverte: "Aedes aegypti está presente desde favela a mansões"

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A Diretora de Vigilância em Saúde da Fundação Municipal de Saúde (FMS), a médica Amariles Borba, esteve no Jornal do Piauí desta segunda-feira (30) para conclamar a população para combater o mosquito Aedes Aegypti, transmissor do vírus da Dengue, Chicungunya e Zika. Este último já foi comprovado como responsável pelo número de casos de microcefalia em bebês por todo país.

Ela alerta que o mosquito não escolhe classe social, cor, sexo e que está presente em todos os lugares que tiver água acumulada. “Nós fizemos uma pesquisa há quatro anos sobre o conhecimento das pessoas quanto a dengue e todo mundo sabe como combater e o que pode provocar. Mas, o comportamento é o mesmo do analfabeto ao pós-doutor, do pobre ao rico, da favela a mansão e quanto melhor a mansão, mais mosquito tem, porque acham que não vão acontecer com eles. E isso não pode acontecer”, argumenta a médica.

Características do mosquito
 
Amariles Borba destaca que o mosquito fêmea infectado pode passar o vírus para os ovos tanto fêmeas como machos. Ao eclodir sai procurando sangue humano, por enquanto, distribuindo o vírus. A pessoa infectada passa oito dias produzindo o vírus no seu corpo.
 
O mosquito fêmea vive em média 45 dias e voa 300 metros, pousa e depois voa mais um pouco. “Quero lembrar que ele viaja por todo o mundo, na roupa, vai de elevador para as partes mais altas e mesmo que não goste de sol quente, mas atua também em ambientes fechados, casas, repartições públicas e empresas”, destaca a diretora de vigilância.
 
Ela afirma ainda que, no ambiente, o mosquito atua mais no amanhecer e no anoitecer. “O fumacê só tem serventia se o inseticida pegar o mosquito voando e se bater na parede, folha ou muro não tem efeito residual. As pessoas também devem deixar portas e janelas abertas. Mas, a serventia ainda é pequena. Temos mesmo que ter cuidado com nossas casas, examinando sua casa, seu local de trabalho toda semana”, alerta.


 
Não existe predador natural para o mosquito Aedes Aegypti, só o combate das pessoas.

Amariles ressalta que a população pode registrar um boletim de ocorrência quando encontrar situações de resistência na guerra contra o mosquito. "Se o vizinho não colaborar pode ser feito um boletim de ocorrência na Polícia Ambiental, bem como no distrito policial da área. A pessoa pode ainda procurar diretamente a coordenação de epidemiologia", declarou.

Ela destaca ainda que outros criadouros podem ser encontrados em cacos de vidros colocados nos muros, água parada nos jardins e a calhas empenadas. 

Repelentes 

A médica orienta cautela ao usar repelentes. As crianças só podem usar a partir dos seis meses de idade e deve ser prescrito pelo médico. “Eu posso usar um repelente que pode fazer mal para outra pessoa. A recomendação é procurar um médico para passar”, destaca. 

“Para ter resultado, a guerra contra o mosquito tem que ser janeiro a dezembro, na mídia também, de uma forma que não seja cansativa”, declarou.

História dos vírus
 
O vírus da Chikungunya surgiu na África e o Zika foi detectado pela primeira vez em 1947 em Uganda. O mosquito com o vírus da Dengue voltou ao Brasil em 1957 em um navio que veio da África para o Rio de Janeiro e por Rondônia.  São quatro tipos de Dengue e a pessoa pode ter as quatro, porque uma não imuniza da outra.

 

Caroline Oliveira
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