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"Momento é de paciência, tolerância", diz Heráclito, sobre impeachment de Dilma

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Depois de anunciado pelo presidente da Câmara o acolhimento do pedido de impeachment da presidente Dilma, na noite desta quarta-feira, deputados de todas as siglas se revezaram em pronunciamentos sobre o assunto, alguns mais alterados, outros em tom conciliador, mas todos surpresos com a decisão.

Para o Deputado Heráclito Fortes (PSB), “o momento é de paciência, tolerância, e esperar a análise jurídica da fundamentação desse pedido. Há um ritual próprio e um procedimento legal quando, aí sim, haverá a oportunidade para que se diga quem tem razão ou não”, destacou Heráclito, ressaltando que o pedido do impeachment contra a presidente Dilma não partiu da oposição. "Quem assina esse pedido é o professor Hélio Bicudo, fundador do Partido dos trabalhadores e que conhece bem as entranhas do partido e as motivações que lhe levaram a isso", disse.

Heráclito também alertou que o pedido não deve ser visto como uma tentativa de golpe e lembrou que a figura do impeachment consta na Constituição brasileira desde a década de 50. “É infantilidade se pensar que o povo brasileiro não sabe disso, como também não se lembra que no passado o PT já pediu aqui o impeachment do Collor, do Itamar e do Fernando Henrique. Agiu legitimamente como oposição. A fundamentação dos pedidos temos até que pesquisar nos Anais para saber se eram razoáveis ou não. Mas a verdade é que, construindo um fato político tentaram afastar três presidentes da República. O pau que dá em Chico dá em Francisco”, disse, ressaltando que não iria fulanizar a respeito da questão envolvendo a presidente Dilma e o presidente da Câmara.

Em tom conciliador, Heráclito finaliza seu pronunciamento pedindo bom senso, cabeça fria e poder de argumentação. “Não adianta agressão, porque o Brasil está vendo e isso não vai nos levar a lugar nenhum. Por isso, caros companheiros do PT, colegas de Parlamento, nós temos posições diferentes, mas nós temos, antes de tudo, apreço pela Democracia e temos o dever e obrigação não só de defendê-la mas também de respeitá-la. Daí porque, é preciso esperar o desenrolar dos acontecimentos para que se faça o julgamento de cada um dos casos e nós acatemos, querendo ou não, por uma decisão de justiça”.

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