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Merlong diz que sairia do PT se partido salvasse Eduardo Cunha

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O secretário de governo e deputado federal Merlong Solano, revelou nesta terça-feira (8), que sairia do PT caso o partido aceitasse, segundo ele, a barganha proposta pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Para o petista, ficou claro que o peemedebista usou de chantagem para não aceitar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. 

Foto: Thiago Amaral

"Eu sairia do PT se o PT tivesse votado a favor do Eduardo Cunha. Eu deixaria o partido se o PT salvasse Cunha. Ficaria claro a aceitação de uma barganha. O Eduardo Cunha estava fazendo uma chantagem com o partido, com a presidente: você vota ao meu favor no processo de cassação do meu mandato e eu seguro a Dilma. Ou seja, com a faca no pescoço o tempo todo", afirmou o secretário durante entrevista ao Jornal do Piauí.

Livre de Cunha, na opinão de Merlong o PT agora vai lutar para definir o mais rápido possível a questão do processo de impeachment. Prolongar as discussões, segundo ele, é esticar a crise econômica do Brasil. "O interesse que o PT tem é que a situação se defina logo. Nada mais ruim para um pais que está em dificuldade financeira do que esta instabilidade na presidência da República. O governo federal maneja instrumentos poderossimos na área da política econômica. Quando há uma instabilidade que afeta a presidência da República, os empreendedores retraem suas decisões de investimentos. Então, nao decidir esse terceiro turno agora é postergar a crise econômica por todo o mandato da presidente Dilma. É isso que nós não queremos", declarou.

De acordo com o secretário, a situação é delicada, já que há um conjunto de forças querendo o terceiro turno. "Esse processo tem que ser tratado com muito cuidado. Há um conjunto de forças que vem se mobilizando para provocar um terceito turno através do golpe. Eu vejo a nosso favor a forma como o Eduardo Cunha entrou com a fase final do seu plano, que foi aceitar o processo de impeachmente no dia que o PT anunciou que ia votar contra ele, além da questão jurídica", afirmou.

Viagem de Wellington

Merlong Solano comentou ainda a viagem do governador Wellington Dias a três países europeus. A ideia é atrair recursos para o estado através de investimentos. "O governador avalia como muito importante buscar ao máximo o incentivo ao crescimento da economia. O Piauí cresceu bastante nos últimos 10, 12 anos acima da média do Brasil, mas a gente já percebe uma quebra nesse ritmo em função de que foi um crescimento decorrente de inversão pública. Agora precisa de inversão na área econômica, na área privada", declarou, ressaltando a agenda do governador na Espanha, Alemanha e Itália.

"O governador terá contatos com a iniciativa privada europeia em áreas de ponta, aonde o Piauí apresenta grande potencial, por exemplo, na área de energia renovável, da infraestrutura. Começa na Espanha com um seminário de possibilidades infraestrutura de energia renovável no Nordeste. Na Alemanha o foco é contato com empresas de energia solar e na Itália vai mais para a questão da agricultura familiar e recurso hídricos", finalizou.

Hérlon Moraes
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