A Festa do Baião foi criada com o intuito de preservar a cultura do baião entre as comunidades localizadas no município de União. Em sua segunda edição, o evento reuniu vários grupos de dança, em sua maioria compostos por pessoas da terceira idade, que ainda hoje mantêm viva a tradição das rodas de baião, que vem passando de geração em geração. Entre as novidades do evento em 2015 estavam o concurso de aboio entre os vaqueiros e a mostra “Mimos e Gostosuras”, com a exposição de produtos artesanais.
foto: ascom
“No próximo ano vai ter mais e dessa vez será no primeiro semestre. Queremos ampliar ainda mais o evento, trazendo vaqueiros de outras cidades para concorrer com os unionenses, assim como o pessoal dos Matões. Gostaria de parabenizar a todos por manter viva a nossa cultura”, relata o prefeito de União, prefeito Gustavo Medeiros.
Para a coordenadora do Projovem Campo e EJA de União, Lurdinha Sales, o evento possibilitou que alunos pudessem expor sua produção, conseguida a partir do ensino técnico prestado no município. “Eles escolheram o que queriam expor, desde artesanato, desinfetantes, doces, entre outros produtos. Hoje, os cursos atendem estudantes em 14 localidades de União, levando conhecimento e oportunidade de geração de renda”, explica.
A segunda edição da Festa do Baião também contou com grandes atrações musicais, como a cantora Soraya Castelo Branco, Jazz no Fole, o sanfoneiro mirim Isaac do Acordeon, que é de União, e o sanfoneiro Cezinha, que encerrou o evento em grande estilo.
Concurso de aboio mantém tradição dos vaqueiros
Uma das novidades da segunda edição da Festa do Baião de União foi o concurso de aboio, envolvendo vaqueiros da região em uma disputa de improviso e muita tradição. Os três primeiros colocados foram contemplados com premiações em dinheiro. Diferente do Sul do país, no Nordeste, o aboiador utiliza como instrumento somente a voz, bem como a sua criatividade para interpretar versos e sentimentos.
Juarez Ferreira da Silva, o "Juarez aboiador", foi o grande vencedor do concurso. Segundo ele, a técnica foi aprendida quando ainda era jovem. "Aprendi a técnica do aboio há mais de 40 anos e sempre participo dos concursos tanto do Piauí como de outros estados. Estou muito feliz por participar de um concurso de aboio em minha terra, na Festa do Baião", afirma.
Já o seu Francisco das Chagas, conhecido como “preto vaqueiro”, de 56 anos, conquistou o segundo lugar na competição. “Aboiar é um dom que nasce com a gente. Comecei a montar com 12 anos e desde então venho praticando essa arte. A inspiração vem de acordo com o trabalho”, relata.
Da Redação
