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Professora foi morta com tiro de revólver 38 e laudo descarta disparo de policial

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O laudo preliminar constatou que a munição que atingiu a professora Ana Valéria Rocha Silva, 32 anos, na tentativa de assalto a uma drogaria na tarde de ontem(18), é compatível com revólver de calibre 38. A informação é do delegado da Homicídios, Humberto Mácola, que investiga o caso. 

A professora estava na farmácia, na avenida Jerumenha, no bairro Buenos Aires, com a filha de cinco anos, quando foi alvejada e morreu na hora. O principal suspeito, Rafael Ferreira Lima, 27 anos, foi preso na manhã desta sexta(18) em sua residência no bairro Nova Brasília, também na zona Norte de Teresina. 

Segundo o delegado, o policial militar, ainda não identificado, que estava no local entregou sua arma à Delegacia. “Havia um policial dentro da farmácia que trocou tiros com o suspeito. Conversamos com ele que se disponibilizou sem problema nenhum a entregar sua arma, que é uma pistola ponto 40. A arma do Rafael não foi encontrada ainda”, declarou Humberto Mácola.

Uma das suposições que a polícia investiga é de uma terceira arma envolvida no tiroteio e que poderia ter acertado a professora. “Estamos trabalhando com a suposição de que um segundo teria atirado de fora, se como teria fugido”, afirma. 

O delegado descartou que o tiro tenha partido da arma do policial. “O policial estava próximo do suspeito, com uma visão privilegiada e a professora não estava na linha de tiro dele. Mas, nós iremos analisar as provas, os laudos periciais para que possamos ter uma conclusão e uma prova definitiva. Até agora todas as perguntas estão sendo atendidas, mas não descartamos a possibilidade de uma reconstituição”, destacou o Mácola. 

Perícia

O diretor do Instituto de Criminalística, Antônio Nunes, disse que o laudo cadavérico e de local de crime do homicídio da professora já estão prontos, no entanto, não adiantou informações que constam alegando que os peritos ainda não assinaram os documentos. “A médica quer dar uma nova olhada e os peritos também para saber se não está faltando nada. Mas, posso garantir que o cadáver deu todas as informações sobre a trajetória da bala e inclusive qual a arma compatível com a munição”, afirmou o médico perito. 

Ele informou que a bala entrou por um lado, transfixou o corpo e ficou alojada abaixo da pele e somente um tiro teria tirado a vida da professora Ana Valéria. 

Policial se apresenta

O comandante do 9º BPM, tenente coronel Vicente Carlos, disse que o policial não fazia segurança no local. “Ele estava inclusive de bermuda e fazendo compras, quando percebeu que era um assalto”, argumentou. 

O soldado, que não teve o nome revelado, é lotado no 15º Batalhão de Campo Maior, atua em Miguel Alves e estaria de folga em Teresina, onde reside. 

O coronel Vicente Carlos defendeu que o policial somente atirou depois que o suspeito percebeu que ele estaria armado. “Como ele estava de bermuda, o assaltante viu o volume  e desconfiou que fosse uma arma, fazendo o primeiro disparo. O policial revidou em legítima defesa. A medida que ele foi saindo em direção a porta ele foi atirando para trás e possivelmente atirou na senhora”, supõe o comandante do 9º BPM.


Caroline Oliveira
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