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Duas homenagens especiais a atletas piauienses no final da temporada

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Neste mês de dezembro o esporte piauiense apareceu muíto bem em dois eventos de repercussão nacional. Em solenidade realizada em Natal-RN durante um jantar com a delegação brasileira que venceu o Torneio Internacional de Futebol Feminino, a CBF conferiu troféus às jogadoras que mais se destacaram no Campeonato Brasileiro de 2015. 

Foram cinco as homenageadas e entre elas estava a zagueira Bruna, da Sociedade Esportiva Tiradentes, como autora do gol mais bonito do ano. O golaço foi marcado contra o Vitória de Santo Antônio-PE, na vitória piauiense por 3 x 1. Bruna cobrou uma falta das proximidades do meio do campo. A bola bateu no travessão e entrou.  Realmente foi um gol sensacional.

O outro momento relevante para o esporte piauiense foi na cerimônia do Prêmio Paralímpicos 2015. O piauiense de Picos, Luiz Carlos Oliveira, foi eleito pelo público um dos melhores esportistas do ano. O piauiense passa a ser esperança de medalha para o Brasil nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em setembro de 2016.

O Comitê Paralímpico Brasileiro abordou assim a conquista e a carreira do atleta piauiense:

O empenho fez a diferença. No caso, não apenas nos treinamentos e nas competições. No Prêmio Paralímpicos 2015, o trabalho de campanha em redes sociais e ao vivo foi decisivo para a vitória de dois nomes surpreendentes na votação popular que apontou os atletas Paralímpicos brasileiros do ano. A festa no hotel Sofitel, em Copacabana, no Rio de Janeiro, consagrou a sul-matogrossense Silvania Costa, campeã do salto em distância no Mundial de Atletismo, em outubro, e medalha de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, e o canoísta piauiense Luís Carlos Cardoso, também ouro em Toronto 2015 e campeão mundial em duas modalidades, 200m KL1 e 200m VL1.
 
No coquetel que antecedeu a cerimônia, Luís Carlos já estava exultante: "Eu fiz campanha mesmo, mobilizei as pessoas à minha volta, chamei o apoio do Nordeste. É a primeira vez que escolhem um atleta da canoagem, acho importante representar bem".
 
O Comitê Paralímpico Brasileiro, responsável pelas escolhas, o tinha colocado entre os três destaques que disputaram no voto popular, pela internet, ao lado do velocista Felipe Gomes e de Daniel Dias, maior astro do esporte Paralímpico nacional. O nadador, que em 2015 ganhou oito ouros no Parapan e sete no Mundial de Glasgow, não parecia tão preocupado em vencer. "Eu sou mais no meu estilo, fico mais na minha. O importante é que vários esportes e atletas ganhem atenção", minimizou.

No fim das contas, Daniel ficou em terceiro, com 25,43% dos votos, Felipe levou 26,43%, e Luís Carlos teve 48,14% dos votos. Ao ser chamado para receber o prêmio, o canoísta lembrou que em 2015 fez uma difícil transição, adaptando-se a competição também em caiaques, mas vibrou muito. Teve até língua de fora ao ouvir a notícia ao ouvir o ex-judoca Flávio Canto, apresentador da cerimônia, chamar seu nome.

Luís Carlos Cardoso, que completa 31 anos nesta sexta, 11 de dezembro, tem apenas quatro anos na canoagem Paralímpica. Além do potencial de crescimento esportivo, também se mostra bem articulado e carismático. Ao dar entrevista para a SporTV, já com o troféu na mão, arriscou uma dancinha, sem tirar a cadeira de rodas do lugar. Até os 25 anos, ele foi professor e dançarino profissional de forró.
 
De dançarino de palco de Frank Aguiar a campeão mundial em Milão
 
Quando trabalhava para o cantor Frank Aguiar, em 2010, foi internado com fortes dores. Os médicos descobriram, já depois que ele havia perdido os movimentos das pernas, que sua séria infecção na medula havia sido causada por uma esquistossomose - provavelmente contraída na infância. "Eu não tinha nenhuma experiência com canoagem antes, mas desde 2011 encontrei no esporte uma força maior, um chamado para a vida".

Dídimo de Castro
[email protected]

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