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Meduna vai virar Museu da Escrita, anuncia presidente reeleito da APL

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Na Academia Piauiense de Letras, o biênio 2016/2017 será de reflexão sobre o seu aniversário de 100 anos e sobre o que o próximo centenário lhe reserva. A diretoria reeleita, que toma posse neste sábado (09), tem um plano de ação organizado que prevê, além da continuidade das ações editoriais, a ocupação de dois espaços no prédio do antigo Meduna, que abrigará a biblioteca da APL e um Museu da Escrita. O prédio, localizado no terreno que pertence ao Shopping Rio Poty, será completamente recuperado e abrigará diversas manifestações da cultura local.

"Um grande desafio que a Academia está tendo agora, junto com a Prefeitura de Teresina, é recuperar o prédio do Meduna. Esse é um projeto desenvolvido pela Prefeitura com o atual proprietário do imóvel e a Academia terá dois pavimentos: um de 120 metros quadrados e outro de 140 metros quadrados. Num a gente quer transferir a biblioteca. Começamos a catalogação dos livros para levar tudo para lá. Já tivemos contato com a família do Leônidas Melo, ex-governador do Piauí, interventor do Estado e escritor, e a família quer ceder o seu gabinete e outras peças de colecionador", afirma o presidente reeleito da APL, Nelson Nery Costa.

Já Museu da Escrita é um projeto ousado, que refletirá uma perspectiva futurista e que pretende apresentar a literatura de uma forma diferente para o povo teresinense e seus visitantes. "Deverá ser nos moldes do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, aberto no fim do ano. É um museu com a perspectiva do amanhã, de futuro. O nosso passado é a nossa biblioteca e o museu seria os 100 anos para frente. Isso seria um contraponto. Estamos captando recursos para esse projeto", destaca.

O prédio do Meduna será completamente restaurado. Os arquitetos Júlio Medeiros e Lavínia Brandão estão à frente do projeto, que engloba vários ambientes, como uma área para a Arquidiocese, o Memorial Wall Ferraz, o Museu de Artes Sacras, um museu de Clidenor Freitas, e uma área à esquerda com o Memorial Carlos Castelo Branco. "Clidernor Freitas e Carlos Castelo Branco foram acadêmicos. Nesse ambiente cultural, a Academia estaria com sua produção. É um olhar dos 100 anos próximos de Teresina", completa.

Além do aspecto cultural, a Academia pretende, neste biênio, se envolver com as questões que permeiam a sociedade e, para isso, programa um evento congregando nomes de profissionais renomados para discutir os próximos centenário do estado do Piauí. "Estamos programando também um resgate do Piauí. Um projeto que tem um nome provisório: Piauí 2117. A gente quer pensar o Piauí daqui a 100 anos. Como será o Estado sob todos os aspectos: agricultura, social, turismo, indústria e comércio, meio ambiente, desenvolvimento urbano. É algo que queremos programar para o segundo semestre, envolvendo pessoas como João Paulo dos Reis Veloso, Raul Veloso. Queremos produzir um documento sobre o que nós pensamos sobre o Piauí. É uma forma de resgatar os seus 100 anos de passado, mas também de abrir uma cortina para os próximos 100 anos da Academia e para que a gente possa ter uma reflexão sobre o Estado porque as coisas estão se passando muito rapidamente. Esse é um compromisso que a Academia tem para com a sociedade", comenta Nelson Nery.

Plano editorial

Em 2017, quando a APL completar seu centenário, os leitores terão à disposição as 100 principais obras já publicadas no Estado. A Coleção Centenário já alcançou a marca de 50 títulos publicados, que podem ser encontrados na maioria das livrarias de Teresina. Mas tem pretensões de avançar e dar voz aos novos autores, às publicações atuais, oportunizar a produção de textos contemporâneos.

"Já começamos uma segunda coleção que iremos lançar. É a Coleção Século XXI. Já temos dois livros prontos: um do Lázaro do Piauí e outro da professora Maria Cecília. São obras inéditas, atuais, uma proposta inédita do que a gente vinha trabalhando, com layout diferente. Queremos lançar esse ano. Temos alguns projetos gráficos para o centenário. Queremos um livro de capa dura sobre a Academia, uma obra que orgulhe os piauienses. Temos um livro sobre os fundadores da Academia e temos uma obra sobre todos os acadêmicos, de Wilson Gonçalves. Faltam oito acadêmicos serem incluídos. Estamos entrando em contato com a família para possibilitar a reedição complementar", diz.

Posse

A diretoria reeleita é composta por Nelson Nery Costa, presidente; Oton Mario Lustosa Torres, vice-presidente; Herculano Moraes, secretário geral; Elmar Carvalho, 1º secretário; Wilson Nunes Brandão, 2º secretário; e Humberto Guimarães, tesoureiro. A cerimônia de posse está marcada para o próximo sábado (09), na sede da APL, às 10h.

 

Da Redação
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