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Exercício é bom, mas exagerar é perigoso para a saúde

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Bella Falconi, Juju Salimeni, Eva Andressa. Estes nomes podem até não ser tão conhecidos pelo grande público, mas entre  os praticantes de atividade física elas são consideradas fenômenos.

Em comum, têm o corpo escultural e milhares de seguidores nas redes sociais. Uma legião de mulheres que, diariamente, visitam suas timelines e perfis para saber o que elas comem, como treinam e o que fazem para ficar com o corpo ideal, embora o conceito de ideal seja bem relativo.
Há profissionais que acreditam, inclusive, que esse movimento é benéfico e acaba motivando cada vez mais pessoas a praticarem algum tipo de exercício, o que é excelente. Por outro lado, ele também pode levar à prática exagerada da atividade física, o que acaba sendo um risco.
"Exercitar-se é sempre bom, mas exercício físico é como medicamento. A quantidade e a intensidade devem ser realizadas de acordo com cada pessoa", explica o especialista em medicina do exercício e do esporte e diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), Jomar Souza.

O problema é que, na ânsia de ficar com o corpo ou a musculatura dessas musas, muitas pessoas acabam exagerando. "O grande risco é o de a pessoa acabar tendo uma lesão porque está tentando fazer a série de exercícios que, na verdade, é adequada para outra pessoa", diz o médico.
É o caso de J.M, de 24 anos. Seguidora de Bella Falconi, que tem o título de musa da barriga trincada, ela copia tudo o que a musa fitness faz: "Meu sonho é ficar com a barriga que ela tem. Leio e pesquiso tudo sobre ela. Procuro fazer todos os exercícios e comer tudo o que ela come".
Mas não são apenas os famosos que têm seguidores querendo informações sobre o treino e a dieta. A jornalista Tatiane Sacramento frequentemente recebe uma enxurrada de mensagens de pessoas querendo saber o que ela faz para ter o corpo malhado que possui, fruto de um trabalho de oito anos.
"As pessoas querem que eu encaminhe a dieta e o treino que faço para elas. Mas cada pessoa tem um biotipo e, antes de iniciar qualquer atividade física ou dieta, é necessário buscar a orientação de profissionais", lembra.

 


Tatiane afirma que malhar e  alimentar-se bem passou a ser um estilo de vida. "Malho para ter saúde, ter um corpo bonito é consequência", diz.
Segundo Ivan Araújo,  educador físico e mestre em biodinâmica, é necessário um período de adaptação até que uma pessoa consiga ser um atleta de alto rendimento.

"A grande questão é que as pessoas não têm paciência e não respeitam os próprios limites. Para dar início a um treino intenso, como muitas dessas mulheres fazem, é preciso avaliar uma série de fatores", afirma Ivan. Ele é professor de crossfit, um programa de treinamento de força  e condicionamento físico usado por academias de polícia, Exército e atletas.
Entre os fatores estão o fato de a pessoa já realizar algum tipo de esporte,  ter bom controle motor e consciência corporal. "Isso muda de acordo com cada pessoa", explica.

Equilíbrio
A estudante de medicina Clara Carvalho, 20, faz crossfit há um ano e, embora seja considerada uma atleta de alto rendimento, iniciou devagar. "Comecei fazendo três vezes por semana e, só a partir do 6º mês, passei a ir quatro, cinco vezes. É preciso saber até onde podemos ir, respeitar nossos limites físicos e psicológicos", diz Clara.

 

Fonte: uol

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