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Diminui o número de crianças e adolescentes nas ruas de Teresina

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O número de crianças, adolescentes e pedintes nas ruas de Teresina diminuiu nos últimos meses. A informação é da Secretaria Municipal do Trabalho, Cidadania e de Assistência Social (Semtcas). Desde o ano passado várias equipes de agentes sociais de rua fazem vistoria nas principais regiões onde pessoas se alojam para abordar os transeuntes, além de realizar o trabalho desenvolvido pela junto às famílias envolvidas.

 

O procedimento adotado consiste em abordagem de rua, onde os agentes da Semtcas colhem dos dados pessoais de cada um e partem para um acompanhamento familiar. Equipes compostas por assistentes sociais e psicólogas buscam reintegrar as pessoas de rua a suas famílias, visto que a maioria possui casa própria e vai para a rua apenas para conseguir dinheiro com doações ou por ter uma família desestruturada.

 

"Em muitos casos, quando fazemos visitas às famílias, elas nem imaginavam que seus filhos estavam na rua como pedintes. A maioria das crianças e adolescentes que fazem isso sai escondida no período do dia em que não está na escola e o que mais motiva é poder juntar dinheiro com a doação das pessoas que se comovem", destaca Mayra Veloso, diretora do Centro de Referencia Especializado da Assistência Social (CREAS).

 

Para resolver a situação, a equipe da Semtcas encaminha a família para o cadastro do Programa Bolsa Família e matricula as crianças em atividade extracurriculares nos Núcleos de Atenção Intergeracional (NAI). Mayra explica que quando o problema não é resolvido pela família, o caso é encaminhado para o Conselho Tutelar para que tome providencias.

 "Há uma resistência em algumas famílias que sabem que seus filhos estão na rua pedindo esmolas. Elas vêem o que as crianças fazem como uma forma de ajudar no orçamento familiar. Nesses casos acionamos o Conselho Tutelar e até o Ministério Publico para que alguma medida seja tomada", comenta ao dizer que alguns agentes sociais de rua e conselheiros tutelares chegam a ser ameaçados pelas famílias se tirarem elas dos locais onde pedem esmolas.

 

Para combater a situação, o CREAS tem agido em parceria com os Conselhos Tutelares e Ministério Público no sentido de agilizar as ações junto as famílias e demais pessoas de rua. Tal integração já rendeu a redução de mais de 50% no número de pedintes nos últimos meses. "Estamos intensificando este trabalho nas áreas mais problemáticas e temos tido um bom resultado. Contudo, as pessoas também devem se conscientizar que ao darem esmolas para estas pessoas nas ruas estão incentivando que elas permaneçam por lá", finaliza Mayra.
 
 
Da Redação com informações da assessoria de imprensa
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