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“Estado precisa se responsabilizar pela população de rua,” alerta senadora

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Depois de ser procurada pelos membros da Coordenação do Movimento Nacional de População de Rua no Brasil pedindo apoio para tratar sobre as questões da população que vive nas ruas, a senadora Regina Sousa(PT-PI) resolveu abordar o tema em seu segundo ano de mandato no Senado Federal para discutir a situação dessas pessoas e propor medidas que as ajudem.

No Brasil existem cerca de 32 mil de pessoas vivendo nas ruas, a chamada população invisível.

A senadora Regina conta que já é conhecida por abordar no Parlamento temas relacionados à situação, por exemplo, dos negros, índios, intolerância religiosa, homofobia e por isso foi procurada pelo Movimento Nacional da População de Rua. “Eles pediram que aja uma dedicação a esse tema. Os governos precisam saber quem são essas pessoas que vivem nas ruas. Por que vivem nas ruas, o que as levou a essa situação, já que muitas têm família. ”

Regina Sousa comenta que existe uma população de rua que é invisível, não é tratada e só aparece quando é envolvida com drogas. A senadora informa que fará um trabalho integrado com a Igreja Católica que já faz um acompanhamento dessa população há anos, através de pastorais. A parlamentar acrescenta que também é preciso saber como o Estado vai se responsabilizar por essa gente e cita exemplos, como o de um rapaz que há 15 anos mora em um aeroporto. “Não é normal uma pessoa viver em um aeroporto.”

Segundo o último levantamento do IBGE, realizado em 2008, existem 32 mil pessoas vivendo nas ruas no Brasil. A cidade de São Paulo tem mais de 15 mil, seguida por Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba e Brasília. A senadora informa que em fevereiro, ao retomar os trabalhos no Congresso, irá discutir com o Movimento quais as primeiras ações a serem tomadas. Eles propuseram a realização de audiência pública e vão sugerir projetos de lei a serem apresentados pela senadora no Senado Federal.

 

Da Redação
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