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Membros da Academia se defendem de acusações de racismo no Oscar

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O Oscar deste ano tem causado discussões em torno da ausência de atores negros nas vinte indicações das categorias de atuação - situação semelhante à do ano passado, quando todos os concorrentes também eram brancos. Após diversas críticas na internet, com a hashatg #OscarsSoWhite (Oscar tão branco), o anúncio de Spike Lee e Jada Pink Smith, esposa de Will Smith, sobre um boicote ao evento e o posicionamento de George Clooney de que a Academia estava "andando na direção errada", membros da entidade que cuida do prêmio máximo do cinema decidiram se defender.

Ao site da revista americana The Hollywood Reporter, alguns votantes ativos do Oscar se explicaram sobre a situação e negaram racismo. Penelope Ann Miller (O Artista) afirmou que chegou a votar em artistas negros. "Fiquei muito chateada que eles acabaram não sendo indicados, mas supor que isso é porque todos os membros são racistas é extremamente ofensivo. Não quero ser colocada nessa categoria porque certamente eu não sou. Eu apoio e me beneficio do talento de pessoas negras no meio. Apenas foi um ano extremamente competitivo", disse ela.

Outro membro, que não quis se identificar também comentou o caso com a revista americana. "Estou muito ofendido com a ideia de que algumas pessoas estão nos chamando de racistas. A cor dos artistas não passou pela minha cabeça enquanto eu registrava meus votos e, na verdade, eu nomeei uma pessoa negra para o prêmio. Essas declarações são extremamente irresponsáveis", disse.

Jeremy Larner, que vota nas categorias de roteiro, também se defendeu das acusações de que Straight Outta Compton - A História do N.W.A, teria ficado de fora por racismo. "Não posso provar que ninguém na Academia é racista. Mas eu não achei Straigh Outta Compton um bom filme por questões de estrutura e substância". Ele também afirmou que a culpa não é de quem escolhe, mas sim da falta de papéis para negros no cinema atual: "Tivemos muitos filmes em 2015 que eram principalmente sobre pessoas brancas. Falem com os estúdios para mudar isso, não com a Academia".

Fonte: VEJA

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