A vacina contra Hepatite B está em falta na rede pública de Saúde. A doença ataca o fígado e leva à cirrose e até ao câncer. As mães estão preocupadas porque, com a falta, estão deixando de imunizar os bebês, através da vacina pentavalente, cuja primeira dose é dada aos 2 meses de vida. 

De acordo com a Coordenação Estadual de Imunização, o Piauí recebia, em média, 40 mil doses da vacina, e aplicava cerca de 30 mil. Mas, desde dezembro do ano passado, o Ministério da Saúde não tem repassado os lotes. Agora, começou a faltar também a de tétano.

O prazo dado pelo próprio Ministério da Saúde foi normalizar os repasses na segunda quinzena deste mês. Foi informado também que os atrasos foram causados por um problema no laboratório que produz a vacina.

Amariles Borba, diretora da Vigilância e Saúde da FMS [Fundação Municipal de Saúde], a gestante realiza cerca de 21 exames de sangue nos primeiros três meses de gravidez. Em um desses, é investigada se a mãe é positiva para Hepatite B ou não. Se ela não for, ela tem que fazer a vacina. "A doença é transmitida através de relações sexuais e do sangue, então passa pela placenta para a criança. Se a mãe deu positiva, a criança vai receber nos primeiros sete dias de vida uma imunoglobulina que vai protegê-la até os três meses de idade. E com dois meses, quatro e seis, a criança toma a vacina pentavalente, que a protege contra cinco doenças", esclareceu.

Jordana Cury
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