Resíduos de vegetação morta e poluição se acumularam e estão formando um "dique de sujeira" embaixo da Ponte Leonel Brizola, ou Ponte do Mocambinho, no rio Poti, na zona Norte de Teresina. Em entrevista para o Jornal do Piauí desta quinta-feira (18), o ambientalista Deocleciano Guedes informou que o acontecimento está diretamente ligado a poluição do rio.

De acordo com Deocleciano Guedes, a sujeira depositada nos rios resulta em matéria orgânica que serve de alimento para a vegetação aquática. "O grande problema de Teresina é que em uma cidade com quase um milhão de habitantes, apenas 170 mil têm esgoto tratado, o restante todo desce para os rios, tornando-os bastante poluídos. Enquanto não se fizer esgotamento sanitário isso vai acontecer", explicou o ambientalista.

O acumulo da vegetação torna impossível sua sobrevivência, devido ao alimento, que vai ficando escasso. Além dos aguapés e canaranas, lixo e outros resíduos despejados no rio também se conglomeram no local, dificultando o curso natural da água. "A água consegue passar por baixo, mas tem dificuldade. Se houver outra cheia, isso vai ficar acumulado, porque o rio não terá força para carregar", informa Deocleciano Guedes.

O ambientalista defende que não só as autoridades devem se responsabilizar pela manutenção da limpeza nos rios. "O poder público tem a sua responsabilidade, mas a população também precisa ser mais consciente dos problemas. Para a cidade ser verde, ser limpa, é preciso que a população se eduque para deixar de jogar lixo nos rios", recomendou.

Lucas Marreiros (Especial para o Cidadeverde.com)
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