De passagem por Teresina (PI) até o próximo domingo, a judoca Sarah Menezes comentou seus últimos resultados e a preparação para os Jogos Olímpicos de 2016. Para a campeã olímpica, o principal é conseguir manter a mente tranquila até o evento no Rio de Janeiro, em agosto. 

"O objetivo é estar 100%. Cem porcento na força, na técnica, na tática e na estratégia. E psicológicamente eu acho que é fundamental. O atleta, se não estiver com a cabeça boa na hora da competição, não tem quem faça milagre", disse em entrevista no Jornal do Piauí desta sexta-feira (19). 

Sarah Menezes citou como exemplo a vitória sobre a japonesa Haruna Asami, no Grand Slam de Paris, no início de fevereiro. O resultado que garantiu a medalha de bronze também foi a primeira vitória da brasileira no confronto com a rival. 

A judoca admitiu que o resultado foi importante para sua autoestima. E frisou o quanto o lado psicológico é importante. "O que vai mudar na hora do tatame é quem tem mais garra, quem acredita mais, quem tem a cabeça melhor." 

Disputa por vaga olímpica
Sarah Menezes também comentou o resultado de sua colega de seleção, Nathália Brígida, no Grand Prix de Dusseldorf, na Alemanha. Concorrente na vaga olímpica da categoria até 48 quilos, a paulista foi eliminada na luta de estreia e viu suas chances de disputar os Jogos Olímpicos de 2016 diminuirem. 

"Infelizmente a Nathália não teve um bom resultado na competição. É lamentável, isso é ruim para o Brasil. (...) Eu não fico torcendo para ela perder, pelo contrário. Eu quero que ela se destaque também", declarou a campeã olímpica. 

Matemáticamente, a classificação segue em aberto, mas a vantagem aberta por Sarah Menezes é confortável. Mesmo assim, a campeã olímpica evita falar em vaga garantida. "Eu não estou confirmada e nenhum atleta, porque ainda está tendo muitas competições para ranquear. Uma lesão pode tirar você da competição", explicou.  

Ainda restam 16 torneios para o ranking classificatório dos Jogos Olímpicos seja fechado. A diferença entre Sarah Menezes e Nathália Brígida é de pouco menos de 1.000 pontos. Somados, três torneios em maio podem render 1.500 pontos se um mesmo atleta for campeão. Mas um mesmo judoca não disputa todas as competições. A Confederação Brasileira de Judô ainda vai definir o calendário de cada integrante da seleção até Rio 2016. 

"Daqui para lá vamos continuar focados, treinando, e fazer o nosso trabalho. Eu confio muito em mim, eu quero estar no Rio de Janeiro representando todos nós piauienses, todos nós brasileiros, mas ainda não fechou o ranking. É continuar no foco e trabalhar firme e forte", completou. 

Fábio Lima
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