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Diretor se reúne com pais do bebê cardiopata que morreu sem cirurgia

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O diretor da Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER), José Brito, reuniu-se na manhã desta quinta-feira (03) com os pais do bebê de dois meses, Esdras Viana, que morreu a espera de uma cirurgia cardíaca no dia 21 de janeiro deste ano. A audiência foi realizada na sede do Conselho Tutelar, na Zona Leste de Teresina, e foi acompanhada pelo conselheiro Djan Moreira. 

De acordo com o Djan Moreira, a audiência foi uma solicitação do Conselho Tutelar para discutir a falta de estrutura da maternidade e as mortes de bebês no local. “O diretor nos informou que a Evangelina Rosa foi prepara para uma demanda de 20 anos e, agora, ela já está com mais de 40 e, infelizmente, a infraestrutura interfere de forma negativa no atendimento”, comentou Djan, que lamentou a ausência, embora justificada, do secretário estadual de Saúde, Francisco Costa. 

O conselheiro declarou que uma nova audiência com a presença do secretário será solicitada, uma vez que a morte de Esdras Viana poderia ter sido evitada se a cirurgia tivesse ocorrido de forma emergencial. 

“A criança nasceu no dia 21 de dezembro de 2015, sendo diagnosticada com cardiopatia congênita no dia 22, ou seja, um dia após o nascimento.  No dia 11 de janeiro de 2016, eles receberam o tratamento fora do domicílio e somente no dia 15 de janeiro que entrou no sistema. A criança veio a óbito dia 21, a espera de uma cirurgia que era para ter sido feita na primeira semana de vida", destacou o conselheiro.

Com relação à morte da criança, que sofreu uma parada cardiorrespiratória, Djan comentou que a informação recebida pelo Conselho Tutelar é de que a maternidade estava agilizando o processo de transferência porque a cirurgia não é realizada no Piau,í por falta de equipes especializadas nesse procedimento. “O diretor nos comunicou que a essa cirurgia poderia ser realizada pelo Hospital Universitário ou Hospital Getulio Vargas, mas é necessário encaminhar os bebês para outros estados”, disse. 

O Conselho Tutelar irá solicitar uma audiência com o Governo do Estado, por meio da vice-governadora, Margarete Coelho, para discutir a situação da maternidade.

 

Carlienne Carpaso

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