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"Eu merecia mais respeito pelo que fiz a este País", diz Lula

Um Lula com discurso indignado, magoado e repleto de ataques ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal. Foi esse o tom que o ex-presidente da República adotou durante coletiva de imprensa concedida na sede nacional do Partido dos Trabalhadores, na região central de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (4). 

Convocada pelo próprio Lula após prestar depoimento na sede da Polícia Federal do Aeroporto de Congonhas para explicar supostas vantagens que ele teria recebido de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato, a coletiva serviu para o ex-presidente se defender das acusações, as quais contra-atacou com pontos positivos de seu período na Presidência e com uma suposta perseguição sofrida pelo Partido dos Trabalhadores de parte da imprensa e das elites do País.

"Eu acho que merecia mais respeito pelo que fiz a este País", afirmou Lula em meio a aplausos da militância que lotou o auditório do partido antes do primeiro protesto para defender o ex-presidente após a deflagração da 24ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Aletheia, marcado para as 18h, na Quadra dos Bancários, no centro paulistano.

"Estou indignado com o que fizeram hoje contra a minha familia, contra os meus colegas de Instituto Lula [...] Mas, embora eu tenha me ofendido, tenha me sentido ultrajado pelo que aconteceu, quero dizer que se quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça, bateram no rabo, porque a jararaca está viva como sempre esteve."

A Operação Aletheia cumpriu mandados nos endereços do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Fabio Luiz Lula da Silva, seu filho. O Instituto Lula confirmou a presença de agentes em sua sede, bem como a condução coercitiva ao presidente da entidade, Paulo Okamoto.

O nome da operação é uma referência a uma expressão grega que significa "busca da verdade". Cerca de 200 policiais federais e 30 auditores da Receita forama às ruas para cumprir 44 ordens judiciais, entre elas 33 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.

Fonte: IG

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