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Operação Veritas: candidato garante que foi preso injustamente em operação da polícia

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Francisco Roterdan, analista de tecnologia da informação, garantiu ao Cidadeverde.com que foi preso injustamente pela Polícia Civil do Piauí durante a Operação Veritas. Ele passou mais de 24 horas preso, prestou depoimento e teve pertences apreendidos. Roterdan afirmou que irá ingressar com ação contra o Estado e que não teve qualquer envolvimento nos crimes.

"Eles chegaram na minha casa às 6h da manhã, me informaram que tinham mandados de busca e apreensão e de prisão temporária em meu nome para cumprir. Fui conduzido à Acadepol onde fui informado que a situação tinha relação com a fraude no concurso do TJ. Chegando lá, só fui interrogado à tarde, foi bem desorganizado porque tinha muita gente. Me perguntaram nomes de muitas pessoas, que eu não conhecia. Me mostraram diversos números de celular que nuca tinha visto até que perguntaram se conhecia o número 98829-7762. Disse que era de um “amigo” que conhecia a mais de 20 anos. Informei também que essenúmero fazia parte de um pacote de uma operadora com telefone fixo, internet e com alguns chips de celulares que estavam em meu nome mais que era usado por esse “amigo” havia vários anos”, garantiu Roterdan.

"Essa pessoa que utilizava o número 98829-7762 compareceu a Greco para prestar depoimento e confirmou que eu não tinha relação, que desde o início da ativação da linha a anos sempre foi usada por ele.

O candidato contou ainda que foi conduzido então à Polinter, onde passou a noite preso. Pela manhã, ele foi levado para a sede do Greco (Grupo de Repressão ao Crime Organizado) e foi liberado em seguida, tendo todos os seus pertences devolvidos sem realização de perícia técnica. 

"Depois disso ele [delegado Gleydson Ferreira] autorizou o alvará de soltura e a liberação das minhas coisas. Foi tanta a convicção do Delegado da minha inocência e do mal-entendido que os meus computadores, HDs, tablets e celulares apreendidos nem passaram por perícia. Hoje já devolveram tudo. O delegado percebeu, depois do depoimento, que eu não tinha nada a ver", declarou.

Veja trecho do depoimento:

Ele informou que entrará com ação contra o Estado devido à exposição que sofreu com o caso. "Minha foto está no topo da lista dos possíveis envolvidos. Tive meu nome e minha imagem muito exposta com isso sem ter qualquer relação com o caso", declarou. 

O advogado Evaldo Martins, que defende Francisco Roterdan  informou: “Com o alvará de soltura do Roterdan estamos retirando o nome de um inocente dessa investigação. Meu cliente é uma pessoa que sempre prezou pela coisa certa. Ouvi relato de diversos amigos dele que ele é honra tanto pela legalidade das coisas que nunca comprou um DVD pirata e que todos os programas do seu notebook são todos originais e pagos”.

Evaldo Martins informou ainda que de acordo com os autos do inquérito consta que o Roterdan foi inclusive reprovado no concurso. Veja documento abaixo. 

 

Maria Romero
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