Cidadeverde.com

Dilma: Lula terá os poderes necessários para ajudar

Imprimir

Horas depois da aguardada confirmação de Luiz Inácio Lula da Silva  como ministro do governo federal, a presidente Dilma Rousseff concedeu entrevista na qual exaltou as qualidades de seu padrinho procurou rechaçar qualquer crítica em relação à escolha, nesta quarta-feira (16), no Palácio do Planalto.

Mas, em um momento em que a oposição acusa a petista de praticamente entregar a Presidência a Lula e que o movimento é visto como última alternativa para evitar com que o governo federal naufrague de vez, Dilma surgiu frente às câmeras abatida, com a voz baixa e sem buscar evitar o lapso de chamar o padrinho de presidente. 

"Eu queria destacar que a vinda do presidente Lula para o Ministério [da Casa Civil] é bastante relevante. Primeiro pelo motivo de que é inequívoca a experiência do ex-presidente Lula", afirmou a presidente após anunciar, além de Lula, a ida de Jaques Wagner à chefia de gabinete da Presidência e do deputado Mauro Lopes (PMDB) à Secretaria da Aviação Civil.

"Trabalhei com ele [Lula] por quase seis anos e o conhecimento do presidente sobre o País, o compromisso do Lula é necessário para que a gente tenha um desenvolvimento mais continental em políticas em geral, como de infraestrutura [...] Vai ser um grande ganho para o governo [...] O presidente Lula tem uma trajetória de compromisso pela estabilidade fiscal e controle da inflação."

O tom tímido no início da coletiva só mudou quando cessou o anúncio foi encerrado e Dilma abriu espaço para as perguntas dos jornalistas. Primeiramente, a presidente deu um recado ao mercado, consequência da queda na bolsa e da disparada do dólar ocorridas depois do anúncio de Lula no ministério. 

Para isso, a chefe do Poder Executivo enfatizou que mantém o compromisso com a estabilidade fiscal e controle da inflação, além de rechaçar a possibilidade de trocar os ministros da Fazenda – Nelson Barbosa – e do Banco Central – Alexandre Tombini. Neste momento sua voz já soava mais clara. 

Posteriormente, ao ser indagada se a ida de Lula à Casa Civil não seria uma manobra para evitar com que ele fosse preso e se seu padrinho teria "superpoderes" no Planalto, aí a presidente mudou o tom, falou alto. E chegou até a abrir um sorriso de ironia para os jornalistas. 

"Vou até rir. Tem seis anos que vocês tentam e tentam me separar do Lula. Minha relação com o Lula não é relacao de poderes ou superpoderes. É relação de quem constrói um projeto juntos Ele terá os poderes necessários para nos ajudar, para ajudar o Brasil", rebateu Dilma. "Tudo o que ele puder fazer para ajudar o Brasil, vai fazer."

Fonte: IG

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais