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Com avanços da reprodução humana, número de gêmeos cresce 28,5% no país

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Em dez anos – de 2004 a 2014 –, o número de nascimentos de gêmeos no Brasil aumentou 28,5%, segundo dados da Pesquisa de Registro Civil do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento significativo pode estar relacionado a evolução das técnicas de reprodução assistida, e a grande procura por tratamentos de reprodução humana nos últimos anos.

O médico Anatole Borges comentou que, atualmente, há medicamentos avançados para estimulação ovariana e estufas mais adequadas para o crescimento dos embriõe. Isso faz com que eles cheguem a estado de maior amadurecimento para transferência, o chamado blastocisto.

“Trabalhamos com a transferência de embriões de acordo a idade da mulher e, principalmente, o desejo do casal. Até os 35 anos, a gravidez ocorre com mais facilidade, e transferimos até 02 embriões; dos 35 aos 40 anos, como já fica mais difícil o tratamento, podemos transferir até 03 embriões, e acima dos 40, como é bem mais difícil, transferimos até 04, o que aumenta a probabilidade de nascerem gêmeos”, explicou Borges.

Dados da Universidade Federal de São Paulo apontam que a taxa de gravidez gemelar no Brasil por tratamentos de FIV (fertilização in vitro) é estimada em 25%, cerca de um quarto dos nascimentos totais em mulheres até 35 anos. “Com o avançar da idade, essa prevalência cai gradativamente, chegando a menos de 10% em mulheres com mais de 40 anos”, frisou o especialista.

Uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) de 2010 limitou o número de embriões que as pacientes podem receber em cada tentativa, conforme a idade. Para mulheres até 35 anos, podem ser transferidos, no máximo, dois embriões; de 36 a 39 anos, o limite são três e, acima de 40, quatro.

Vale ressaltar que a mulher é preparada para uma gestação de um feto somente “por mais alegre e entusiasmante que seja uma gravidez de gêmeos, os riscos para a gestante e os bebês serão maiores. Assim na Medicina Reprodutiva buscamos cada vez mais conseguir apenas um bebê por gestação”, finalizou Borges.
  
Da Redação
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