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Comissão do impeachment retoma hoje o debate sobre o parecer do relator

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A discussão que antecede a votação do parecer do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff deve adentrar a madrugada deste sábado e tem grandes chances de continuar durante o fim de semana. O presidente da comissão especial, Rogério Rosso (PSD-DF), já havia dito que ia propor aos líderes partidários terminar o debate até segunda-feira.

“O acordo é dizer (para os líderes): vamos matar tudo amanhã e já começamos na segunda com a votação”, disse. Dessa forma, ele acredita que, independentemente do resultado da votação, na segunda, a sociedade interpretaria positivamente a disposição dos parlamentares de seguir com o processo.

A sessão de debates terá início às 15h. Até agora, 108 estão inscritos para falar, mais 25 líderes. Integrantes da comissão podem ter a palavra por 15 minutos e os demais parlamentares, por 10 minutos. Dessa forma, já são contabilizadas mais de 24 horas de discursos. A sessão não será encerrada, para que contabilizem cinco sessões desde a apresentação do parecer até o dia da votação, que é uma das regras do rito.

O líder petista, Afonso Florence (BA), criticou a proposta de Rosso de estender a sustentação oral. Ele avalia que a comissão não tem direito de criar um precedente como esse, já que “nunca” teria havido sessões no fim de semana. Florence, inclusive, disse que o presidente da comissão seria culpado pela “mortandade” decorrente de eventuais conflitos ocorridos nas imediações do Congresso entre grupos pró e contra impeachment.

O Correio, no entanto, obteve documentos internos da Câmara mostrando que em 14 e 15 de dezembro de 1991, sábado e domingo, houve sessões plenárias na Câmara. Na época, durante o governo de Fernando Collor de Mello, foram votadas medidas como a isenção de Imposto sobre Produção Industrial (IPI) para usineiros e proposta de mudanças para dívidas de estados.

Ainda assim, deputados petistas criticaram a possibilidade e disseram que a velocidade da comissão está sendo oposta ao registrado na Comissão de Ética que analisa suposta quebra de decoro do presidente da Casa, Eduardo Cunha. O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) foi um dos que fez a comparação. “São dois pesos, duas medidas”, disse.

Fonte: Correio Braziliense

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