A Delegacia Especializada de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (Depre) comandou mais uma operação contra o tráfico de drogas em Teresina. De acordo com o delegado Tales Gomes foram cumpridos 26 mandados judiciais na Zona Sul da Capital. Destes, 17 são de busca e apreensão e nove de prisão.

Dos nove suspeitos presos, sete são mulheres todas são componentes de facções de vendas de entorpecentes, de acordo com a Polícia Civil. Eles seriam parentes de um traficante conhecido como Bugre, preso em março. 

A operação Bugre foi desencadeada no bairro Macaúba, onde foram apreendidos 400 pedras de crack e R$ 1.400 em dinheiro trocado. O coordenador da Depre, Menandro Pedro, destacou que Bugre atuava no tráfico de drogas havia alguns anos e nunca havia sido preso.

"Nós passamos seis meses investigando a atuação desse grupo que tinha o Bugre como traficante maior e a família dele toda tinha envolvimento também. Em março, foi a primeira vez que conseguimos prender esse rapaz e, dessa vez, pegamos também o restante da família: mãe, primos e cunhados", disse o delegado. 

Menandro Pedro acrescenta que, quando Bugre foi preso, mantinha em casa objetos que ele considera de ostentação com o dinheiro do tráfico. "Quando nós chegamos na casa dele, tinham mais dez pares de tênis novos no valor de R$ 1 mil cada um, em média". 

Participaram da operação 248 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. 

Bugre 

O homem apontado pela Polícia Civil como chefe do tráfico de drogas foi preso em flagrante no mês de março. José da Guia Leite do Nascimento, o Bugre, e um suspeito Italo Jardel Nascimento Silva, conhecido como Pepita- que seria o braço forte de Bugre- foram presos por tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo. 

As investigações apontaram que mesmo de dentro da cadeia, Bugre comandava a comercialização de entorpecentes, envolvendo diretamente de membros de sua família, presos hoje. 

 

 

Graciane Sousa e Maria Romero
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