Os detentos da penitenciária Irmão Guido foram os primeiros imunizados contra o vítus H1N1 no estado do Piauí pela rede pública de Saúde. A campanha que está prevista para iniciar somente no dia 30 de abril já começou para os detentos nesta segunda-feira (18) onde 250 detentos foram vacinados e ainda restam 260 que recebem a imunização amanhã. Ainda nesta terça-feira a campanha de imunização deve chegar a Casa de Custódia de Teresina.
Na quarta-feira, será a vez da penitenciária feminina e em seguida será a vez do interior, começando pelas três unidades de Altos. No total, são quase quatro mil doses destinadas aos detentos e a quem trabalha no sistema prisional do Piauí. O público em geral só terá acesso a vacina a partir do dia 30 de abril nos postos de saúde da rede municipal.
A meta será vacinar o público prioritário que são crianças de seis meses a 5 anos incompletos, adultos com mais de 60 anos, gestantes, puérperas até 45 dias pós-parto, trabalhadores do setor da saúde, detentos, e pacientes crônicos que são um público bastante suscetível e que tem mostrado, estatisticamente, gravidade na evolução da doença chegando até a óbito.
A Fundação Municipal de Saúde já registrou oito mortes suspeitas de H1N1, sendo duas, de pacientes residentes em Teresina e o restante do interior do Estado e uma do Maranhão.
No Piauí, a Secretaria de Justiça, através da Coordenação de Saúde Prisional, em parceria com as secretarias municipais de Saúde, já está realizando vacinação nas unidades penais.
De acordo com a coordenadora de Saúde Prisional da Secretaria de Justiça, Agatha Knitter, as campanhas de imunização no sistema prisional são planejadas e executadas anualmente.
"Trabalhamos na prevenção, para que as pessoas privadas de liberdade não adoeçam. Nesse sentido, a Sejus tem planejado e pactuado com os municípios várias ações de saúde, seguindo a orientação do Ministério da Saúde e do Ministério da Justiça, por meio do Departamento Penitenciário Nacional", frisa.
A vacinação dos detentos e servidores é feita pelas próprias equipes de saúde das unidades penais, contando com o apoio da Diretoria de Inteligência e Proteção Externa da Secretaria de Justiça (Dipe) e do grupo de escolta de agentes penitenciários.
Rayldo Pereira
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