O governador Wellington Dias (PT) comemorou a decisão que anulou a votação do impeachment e para ele a partir de agora haverá outro resultado na Câmara dos Deputados.
Wellington Dias está em Brasília aonde participou de solenidade que instituiu a nova Universidade Federal no Piauí e comentou a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), que anulou a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff feita pela Câmara dos Deputados no dia 17 de abril.
“Claro que essa decisão [de Waldir Maranhão] vai ser objeto de recursos. Mas o presidente tomou uma decisão, deu prazo de cinco sessões após o recebimento do processo de volta do Senado e certamente isso muda tudo”.
“O que é que tem de diferente daquele julgamento. Primeiro, é hora de mais serenidade. Segundo, é hora de fazer respeitando a lei, a Constituição. Terceiro, a própria população compreende cada vez mais”, disse o governador.
Dias criticou a postura de Eduardo Cunha durante todo o processo de impeachment.
“Ficou claro ao Supremo afirmar que ele [Eduardo Cunha] se utilizou do cargo de presidente para obstruir, para fazer não andar o processo contra ele e acelerar de forma ilegal o processo contra a presidenta Dilma, manipulando decisões, informações, o próprio regimento”.
Wellington Dias deu como exemplo o Piauí. Segundo ele, 44% da população piauiense era contra o impeachment e 42% era a favor meses atrás. “Nesse instante, na opinião pública, já temos 63% das pessoas com mais de 16 anos dizendo que são contra o impeachment”.
“Eu acredito que havendo uma nova votação na Câmara, o resultado pode ser outro”.
Wellington Dias voltou a afirmar que a presidente não cometeu nenhuma ilegalidade e que o impeachment trouxe instabilidade ao País.
“Os golpistas não vão desistir, é fundamental toda a mobilização, da academia, dos movimentos sociais, dos artistas, das entidades, de todos que passaram a perceber que não é só ameaça do mandato da presidente Dilma, mas da democracia”.
Na opinião do governador, todo o processo ocorreu com “arbitrariedade” e “ilegalidade”. Ouça o aúdio de Wellington Dias:
Flash Yala Sena
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