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Dólar é negociado abaixo de R$ 3,50 após anulação do impeachment ser revogada

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O dólar abriu em queda na manhã desta terça-feira. Por volta das 10h, o dólar à vista renovou mínimas sequenciais até R$ 3,4758 (-1,39%). A retração "é reflexo do jogo devido à continuidade do processo de impedimento da Presidente Dilma no Senado", disse Jefferson Rugik, diretor da Correparti. No final da noite de ontem, o presidente interino da Câmara Waldir Maranhão (PP-MA)voltou atrás e revogou a decisão de anular as sessões referentes ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Para o economista Ignácio Crespo Rey, da Guide Investimentos, além da reação à política interna, há pressão para baixo por conta do cenário externo mais positivo, com alta das bolsas e do petróleo, por isso, reduz aversão a risco e contribuiu para dólar mais fraco. 

Ainda não há oficialmente previsão de que o Banco Central faça um novo leilão de swap cambial reverso, operação equivalente à compra de dólares no mercado futuro que tende a retrair a volatilidade da cotação do dólar. Mas, para Rey, se a pressão se acentuar muito, o BC tende a voltar a agir.

Em Nova York e em Londres, o petróleo segue em valorização. Na Nymex, o WTI subia 0,94% depois de oscilar mais cedo. Na ICE, o Brent avançava 1,90%.

No exterior, a divisa norte-americana ganha força em relação a algumas moedas fortes e emergentes, como o euro e a lira turca, e cai em comparação a pares como peso mexicano. O dólar também ganha valor em relação ao iene, após o ministro de Finanças do Japão, Taro Aso, afirmar que poderá intervir no câmbio se o iene mantiver a recente tendência de forte valorização.

Bovespa

A Bovespa abriu em alta, recuperando parte das perdas da véspera, quando o mercado foi tomado pelo temor de uma reviravolta no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Diante da continuidade da tramitação do procedimento no Senado, os investidores retomaram suas apostas no governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP). 

Pouco antes das 10h40, o Ibovespa avançava 1,94%, aos 51.981,09 pontos. O apetite por ativos de risco é estimulado também pela melhora do humor nos mercados acionários internacionais e pela recuperação dos contratos futuros de petróleo no exterior. Há pouco, em Wall Street, o S&P 500 abria em alta de 0,61%, o Dow Jones começava com ganho de 0,53% e o Nasdaq, valorização de 0,39%, o que levou o Ibovespa a renovar máximas há instantes.

Puxada pela alta do petróleo, a Petrobrás viu seus papéis subirem. Às 10h07, A Petrobrás ON subia 2,82% e PN 3,59%. Outro fator importante para a alta das ações da estatal é o cenário político. Por volta das 10h30, os também estatais, Banco do Brasil ON tinha alta de 2,62% e Eletrobras ON registrava ganho de 1,30%. No entanto, quem liderava as altas da Bovespa era BRF ON com avanço de 6,32%.

Na siderurgia o dia também começou com cenário positivo. Após recuo no pregão de ontem com dados fracos da balança comercial da China, as ações de Vale e siderúrgicas passam por recuperação nesta terça-feira, beneficiadas também por uma melhora das ações de empresas de commodities na Europa, argumentam operadores.

Por volta das 10h40, a Vale ON subia 1,64%, a PNA (+2,27%) e Bradespar PN, acionista da mineradora, +2,69%. Entre as siderúrgicas, Usiminas PNA tinha avanço de 5,66%, Metalúrgica Gerdau PN (+3,85%), CSN ON (+3,59%) e Gerdau PN (+3,62%). 


Fonte: Estadão 

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