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Médica revela que chá pode ter sido causa da morte de menina intoxicada

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Um chá pode ter sido o motivo da intoxicação que levou a morte a menina Francisca Alice Silva Barreto, 10 anos, no último dia 28. Em entrevista para o Jornal do Piauí desta quarta-feira (11), a médica pediatra Francisca Moreira, que atendeu a criança no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), afirmou que a mãe da menor, Ana Cléa Silva, revelou ter dado uma infusão feita com o caule de uma planta.

"A mãe e a prima me confirmaram que deram um chá da casca da mangueira. Esse tipo de chá pode gerar um quadro de intoxicação. Na verdade, qualquer planta, que são chamadas medicinais, dependendo da quantidade, do jeito que se toma, como está a planta in natura, pode haver um quadro de intoxicação sim", declarou a médica.

De acordo com a pediatra, além do chá, a mãe da criança confessou ter dado uma garrafada para a filha. "Ela me confirmou que deu e que já havia jogado o frasco fora. Quem trouxe esse frasco (o que passou pela analise laboratorial), foi uma prima que eu havia pedido para que procurasse na casa alguma coisa suspeita e trouxesse com o intuito de que a gente tentasse descobrir o que havia dentro para poder fazer uma medicação ou antídoto para a criança", explicou a Dra. Francisca Moreira.

Sobre a suspeita de abuso sexual que está sendo investigada pela polícia, por conta do registro de que a menina foi submetida a duas cirurgias para retirada de papilomas na laringe, uma verruga que pode ser causada por vírus sexualmente transmissível pela prática de sexo oral, a médica esclareceu que o aparecimento deste tipo de papiloma é comum durante a infância.

"É talvez o mais comum da faixa etária pediátrica e a via transmissão nessa fase é a vertical, de mãe para filho no momento da passagem pelo canal do parto. E ele tem essa característica, das lesões serem recorrentes mesmo. Em algumas crianças o procedimento é feito 10 vezes ou mais", conta a pediatra.

A Polícia Civil continua, por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), a investigação sobre a morte da criança, que envolve a hipótese de participação em um suporto ritual de purificação em um centro religioso na cidade de Timon. No entanto, a delegada Tatiana Trigueiro não pode comentar sobre o caso, já que ele corre em segredo de Justiça.

Lucas Marreiros (Especial para o Cidadeverde.com)
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