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Artistas do Piauí fazem ato e 'abraçaço' ao Teatro contra extinção do Ministério da Cultura

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Indignados com a medida de extinção do Ministério da Cultura, artistas piauienses realizaram na noite dessa sexta-feira (13) um ato de repúdio no Clube dos Diários, Centro de Teresina. 

O protesto contou com um abraço coletivo ao Teatro 4 de Setembro, a maior casa de cultura do Estado, e soltura de balões. Eles afirmaram que era o primeiro de muitos atos que virão. Gerações de artistas do Estado participaram da manifestação. A banda Validuaté fez show aberto para o público. 

O compositor e vocalista do Validuaté, José Quaresma, avaliou como um retrocesso a extinção. “São vários projetos que se acabam com essa medida. É um retrocesso, é dizer que a cultura não tem valor algum. Relegar a um departamento no Ministério da Educação é prejudicar as duas pastas e isso não podemos aceitar”. 

O secretário Estadual de Cultura, Fábio Novo, disse que se perde o marco definidor da política de cultura no País. Segundo ele, se joga na “lata do lixo” todo o trabalho feito ao longo de mais de 30 anos. 

 “O ato do presidente Temer de extinguir o ministério é o mesmo que dizer assim: nosso povo não tem alma, nosso povo não tem cultura e não merece tê-la. O Ministério da Cultura não é do PT, não é da partido “A” ou “B”, ele foi criado em 1985 por então governo Sarney, que é do partido do Temer. É um órgão que vinha tendo reconhecimento do mundo como os pontos de cultura e isso foi jogado na lata do lixo. Foi um ato autoritário, arbitrária”.

Fábio Novo informou ainda que os 27 secretários de Cultura dos Estados assinaram uma carta semana passada quando iniciou o boato da possibilidade de extinção e repudiaram tal medida.

Para Adalmir Miranda, ator e diretor, foi um “golpe certeiro” que penalisa a história cultural do País.

“Não é só extinguir o Ministério da Cultura, a intenção é bem mais terrível. É uma derrota muito grande para a Cultura, porque tem muita coisa em jogo, tem a história, o registro, tem as nossas raízes, nossa existência, tem a nossa alma, porque a arte é uma das saídas, então se você pega uma das saídas, que acho fundamental, e extingue é um equivoco. A arte não é só para artista, é para quem vive, a arte movimenta sua alma, o seu interior, o seu intelecto, sua percepção de vida. A questão não é lamentar, é ir pra cima”. 

Para Moises Chaves, produtor cultural, professor de teatro e cantor, a voz do artista brasileiro não pode ser calada e é preciso resistir. 

“Vejo com muita dor essa extinção. Acho que esse ato público teve uma resposta, mesmo que simbólica para alguns, essa simbologia tem uma força. Hoje estavam aqui reunidos, representantes da cultura e da arte piauienses, que nenhum outro momento haviam se juntado de forma tão coerente. Se era temeroso o Brasil nesse momento, o presidente interino agora cutucou onça com vara curta e ele que sustente as atitudes que ele tomou”.

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Flash Yala Sena
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