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Economista Ilan Goldfajn é indicado para assumir o Banco Central

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O economista Ilan Goldfajn foi indicado para a presidência do Banco Central, em anúncio feito pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na manhã desta terça-feira (17). Ele terá de ser sabatinado e ter o nome aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado para assumir o cargo.

"Os nomes [dos representantes do governo na área econômica] estão sendo anunciados gradualmente, na medida em que eu puder avaliar cada área para tomar as decisões com rapidez e serenidade, e nos próximos dias tomaremos novas decisoes. A nova rodada de decisões será sobre os bancos públicos", disse Meirelles em coletiva de imprensa.

O ministro afirmou que, assim como os nomes de gestão, as medidas serão anunciadas aos poucos – a proposta de reforma da Previdência, por exemplo, deve ser divulgada em até 30 dias.

Outros nomes da equipe econômica

No mesmo anúncio, também foram nomeados Mansueto Facundo de Almeida Jr., como Secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, e Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, que será o novo secretário de Política Econômica da pasta. Ambos são formados pela Universidade Federal do Ceará e têm experiências anteriores no Banco Central.

Novo presidente do Banco Central
Goldfajn tem experiência no setor público: exerceu o cargo de diretor de Política Econômica do BC, entre 2000 e 2003, na gestão de Armínio Fraga. Goldfajn assumirá o cargo após passar por sabatina no Senado.

No seu histórico profissional também está a diretoria do Centro de Debates de Políticas Públicas. Foi também diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa em Economia da Casa das Garças, entre 2006 e 2009, sócio-fundador da Ciano Consultoria (2008 e 2009), sócio-fundador e gestor da Ciano Investimentos (2007-2008) e sócio da Gávea Investimentos (2003-2006), onde foi responsável pelas áreas de pesquisas macroeconômicas e análise de risco.

Goldfajn é economista, com mestrado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e doutorado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). Atuou como consultor de organizações internacionais (como Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e Nações Unidas), do governo brasileiro e do setor privado.

O economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, considera a escolha de Goldfajn positiva. “Acho um nome excepcional, muito qualificado com passagem pelo governo, com muitos trabalhos publicados, acadêmicos, na área de política monetária. Tem experiência do lado público e do lado privado. E acho que ele tem credibilidade com sobra para poder cortar os juros”, disse.

O professor de macroeconomia do Ibmec-RJ e economista da Órama Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Alexandre Espírito Santo também ressaltou a formação acadêmica de Goldfajn e a experiência no mercado financeiro e no BC.

“É um dos mais competentes e preparados economistas que o país tem. Já mostrou isso quando foi diretor do Banco Central e tem uma formação extraordinária, acadêmica. Tem muita experiência como economista e sócio do Itaú”, avaliou.

Para o professor do Ibemec, haverá uma transição “bem tranquila” no BC. “A atual equipe do Banco Central também é muito competente. Pode ter um pouco de divergência em termos de pensamento econômico, mas vai ser uma transição tranquila. Aliás, na minha cabeça parece que vai ser a única transição tranquila pela competência de ambos. Tanto de quem vai sai, quanto de quem vai entrar".

Fonte: Exame

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