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França confirma que avião da EgyptAir caiu no mar Mediterrâneo

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O presidente francês, François Hollande, confirmou nesta quinta-feira (19) que o avião da EgyptAir - que fazia a ligação entre Paris e a cidade do Cairo -  caiu sobre o mar Mediterrâneo e anunciou a abertura de um inquérito para apurar as causas do acidente. “Temos de garantir que sabemos tudo quanto às causas do que aconteceu. Nenhuma hipótese está excluída ou favorecida”, disse, numa declaração divulgada na televisão.

Hollande afirmou que França está em contato com as autoridades gregas e egípcias para enviar aviões e barcos que possam participar das buscas do aparelho. O avião da EgyptAir levava 66 pessoas. A maioria dos passageiros e da tripulação era de egípcios (30) e franceses (15). O avião desapareceu dos radares depois de entrar dentro do espaço aéreo egípcio.

Terrorismo

Vários cenários podem explicar o desaparecimento hoje do avião A320, da Egyptair, que fazia a ligação entre Paris e a cidade do Cairo, mas especialistas dizem que um ataque terrorista é o mais provável. A França e o Egito têm sido recentemente alvos dos extremistas islâmicos.

Em outubro, o grupo fundamentalista Estado Islâmico reivindicou o ataque a um avião A321 da companhia russa Metrojet, que caiu no deserto do Sinai quando fazia o trecho entre a estância turística de Sharm el-Sheikh e São Petersburgo, matando 224 passageiros e a tripulação.

Atualizada às 8h30

O avião da EgyptAir que voava de Paris para o Cairo, com 66 pessoas a bordo, desapareceu do radar sobre o Mar Mediterrâneo, disse nesta quinta-feira (19) o Ministério de Aviação Civil francês.

As equipes militares de resgate francesas receberam um sinal de emergência dos sistemas de segurança automáticos do avião às 4h26 (hora local), cerca de duas horas depois de a aeronave perder contato com os radares, informou a EgyptAir.

O avião, do tipo Airbus A320, desapareceu cerca de 20 minutos antes do horário previsto para a aterrissagem no Cairo, quando já se encontrava no espaço aéreo egípcio. Segundo a EgyptAir, o avião foi fabricado em 2003, e o piloto tinha 6.275 horas de voo. O céu estava limpo no momento do desaparecimento.

As Forças Armadas do Egito enviaram aviões e unidades marítimas para a área, a cerca de 280 quilômetros da costa do país. Dois aviões e uma fragata do Exército grego também estão ajudando nas buscas, e a França anunciou que pretende enviar barcos e aeronaves para a região.

Uma fonte do Ministério da Defesa da Grécia disse que as autoridades estão investigando um relato de um capitão de um avião mercante que disse ter visto uma "chama no céu" a cerca de 130 milhas náuticas ao sul da ilha de Karpathos.

"Nada de anormal"

O voo MS804 havia partido às 23h09 desta quarta-feira do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. O vice-presidente da EgyptAir, Ahmed Adel, disse à agência de notícias Reuters que não havia "nada de anormal" com o voo.

Nele viajavam três funcionários de segurança, sete tripulantes e 56 passageiros – incluindo 30 egípcios e 15 franceses. Os demais eram cidadãos de Portugal, Iraque, Argélia, Bélgica, Reino Unido, Canadá, Chade, Kuwait, Arábia Saudita e Sudão. Segundo informações da companhia aérea, pelo menos três crianças estavam a bordo.

"A teoria de que o avião caiu está confirmada após as buscas preliminares e depois de ele não ter chegado a nenhum dos aeroportos na região", disse à Reuters uma fonte da aviação, em condição de anonimato. "Todas as causas para o desastre estão em aberto, seja falha técnica, ato terrorista ou qualquer outra circunstância."

Histórico de ocorrências

Em outubro do ano passado, um Airbus da companhia MetroJet (Kogalymavia) caiu sobre a península egípcia do Sinai, com 224 pessoas a bordo. Uma explosão registrada em seu interior foi reivindicada pelo grupo extremista "Estado Islâmico" (EI). O incidente levou vários países a impor restrições de voo com o país norte-africano, como a Rússia, que proibiu a EgyptAir de voar sobre seu território.

Em março deste ano, um voo da companhia aérea egípcia foi sequestrado pouco depois de partir de Alexandria com destino ao Cairo. Um dos passageiros obrigou o comandante a aterrissar em Larnaca, afirmando ter um cinto de explosivos ao redor do corpo. Mais tarde, foi revelado que este era falso.

Fonte: Terra

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