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Choque séptico foi causa da morte de Muhammad Ali

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Muhammad Ali, durante participação no Fórum Econômico Mundial, em 2006 (Foto: Reuters)

 

A lenda do boxe Muhammad Ali morreu de "choque séptico provocado por causas naturais não específicas", afirmou sua família. Ali foi três vezes campeão mundial e se tornou uma das maiores figuras esportivas do planeta. Ele morreu na noite de sexta-feira (madrugada de sábado em Brasília) em um hospital de Phoenix, Arizona, Estados Unidos.

O boxeador de 74 anos sofria de doença respiratória, condição que foi complicada pela doença de Parkinson.

Um funeral público será realizado na sexta-feira em sua cidade natal - Louisville, no Kentucky.

"Ele foi um cidadão do mundo e iria gostar que pessoas de todas as esferas da vida fosse a seu funeral", disse o porta-voz da família, Bob Gunnell.

O ex-presidente Bill Clinton fará uma homenagem ao boxeador durante o funeral. Ele foi uma das personalidades globais que vieram a público para prestar homenagem para Ali. Ele disse que o pugilista viveu uma vida "cheia de convicções religiosas e políticas que o levaram a tomar decisões difíceis e viver com as consequências".

Pelé, o rei do futebol, disse que o mundo do esporte sofreu uma grande perda.

"Muhammed Ali abalou o mundo. E o mundo é melhor por causa disso", disse o presidente Barack Obama.

Ali exerceu papel tão importante como ativista da igualdade entre brancos e negros quanto como campeão nos ringues. Ele venceu 56 de suas 61 lutas.

Questionado certa vez sobre como gostaria de ser lembrado, ele disse: "Como um homem que nunca vendeu seu povo. Mas se isso for muito, então apenas como um bom boxeador. Eu nem vou me importar se não for mencionado o quanto eu fui bom".

Muhammad Ali foi uma figura polêmica nos Estados Unidos. Durante a época da segregação racial dos anos de 1960 ele se juntou a um grupo separatista negro, a Nação do Islã - que rejeitava a abordagem inclusiva dos líderes de direitos humanos como Martin Luther King.

George Foreman, que perdeu seu título mundial em uma luta que ficou famosa em Kinshasa, em 1974, chamou Ali de o maior ser humano que que já conheceu.

"Dizer que ele foi só um boxeador é uma injustiça", disse Foreman.

O ativista de direitos civis Jesse Jackson disse que Ali estava disposto a sacrificar seus títulos e dinheiro quando, em 1967, se recusou a servir as Forças Armadas americanas na guerra do Vietnã.

Aquela decisão foi amplamente criticada por boa parte dos americanos. Ele perdeu seu título e teve que suspender sua carreira por três anos.

Nascido com o nome de Cassius Marcellus Clay, Ali atingiu a fama ao ganhar a medalha de ouro na categoria dos pesos-pesados na Olimpíada de Roma de 1960.

Conhecido como "O Maior" - apelido que ele mesmo cunhou - o americano venceu Sonny Liston em 1964 e ganhou seu primeiro título mundial. Ele foi o primeiro boxeador a ganhar o campeonato na categoria dos pesos-pesados em três ocasiões diferentes.

Ali então se converteu ao Islã e deixou de lado seu "nome de escravo", tornando-se Cassius X e depois Muhammad Ali.

 

Com informações BBC
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