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Parada da Diversidade de Teresina reúne multidão e homenageia vítimas de atentado nos EUA

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A 15ª edição da Parada da Diversidade de Teresina acontece neste domingo (12) com uma homenagem às vítimas da tragédia em Orlando, Estados Unidos, onde 50 pessoas foram assassinadas por um atirador em uma boate gay. As bandas farão um minuto de silêncio antes dos shows na capital piauiense. 

Uma das organizadoras do evento, Marinalva Santana, do Grupo Matizes, ressaltou as dificuldades de se realizar a Parada da Diversidade em uma conjuntura de crise política e recrudescimento, e usou como exemplo o atentado. 

"Basta a gente ver o que aconteceu nesta madrugada nos Estados Unidos. A gente acredita que com isso é mais necessário ainda se fazerem as Paradas", disse Marinalva Santana, que vê com repúdio e preocupação o episódio. "É por isso que a gente vai pra rua. Pra dizer que não é mais aceitável."

Apesar do episódio negativo, Marinalva Santana observa que o estado tem promovido avanços para Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros. "Nós temos o Piauí como um dos estados do Brasil que mais tem leis que reconhecem os LGBTs  com sujeitos de direito e  Parada contribui, e muito, para isso. Estamos no âmbito do Judiciário com várias conquistas, como o provimento, inclusive um dos primeiros do Brasil, pelo casamento de pessoas do mesmo sexo."

Atrações, trânsito e policiamento
A concentração do evento começou às 16h. As bandas Cheiro de Amor, Top Gun, Léo Áquilla, Djs e drag queens estão entre as atrações. A Parada encerra a 12ª Semana do Orgulho de Ser, que teve como tema: “Direitos: a gente quer inteiro e não pela metade”. 

A estimativa de público da organização é de 100 mil pessoas. No fim da tarde, trios elétricos fizeram um percurso de meia hora, saindo da rotatória ao lado da ponte Juscelino Kubitschek em direção até a ponte estaiada. 

A avenida Raul Lopes foi interditada nos dois sentidos, entre as pontes Juscelino Kubitschek e da Primavera. Segundo o agente de trânsito Vinícius Araújo, 15 agentes trabalham para garantir o controle da passagem de veículos na região. 

"Acabamos de bloquear as ruas. Por enquanto o trânsito está tranquilo. Esperamos que permaneça assim. Logo após o percurso o bloqueio vai diminuir e nós vamos liberar o acesso até parte da avenida", declarou.

O evento conta com a presença de 120 policiais militares e 50 seguranças particulares, contratados pela organização. Mas Marinalva Santana frisa que em 15 anos nunca ocorreu qualquer incidente mais grave. 

Visitantes
Marinalva Santana relatou que o número de participantes da Parada aumenta em razão também dos visitantes de outros municípios. "A cada ano a Parada se aperfeiçoa e vários municípios do Maranhão e Piauí se organizam em caravanas para estarem aqui", declarou. 

Carmem Ribeiro, coordenadora de Assuntos Institucionais do Grupo Matizes, fez um desabafo sobre o momento político do Brasil. "Essa parada é sui generis. É um momento em que nós vamos para a rua para reivindicar nossos direitos. Para dizer 'Fora Temer', dizer que essa nova conjuntura não nos representa."

Segundo Carmem Ribeiro, vários movimentos de todo o Brasil fizeram contato com o Matizes e estão presentes em Teresina. É o caso da Liga Brasileira de Lésbicas, Fundação Brasileira de Lésbicas, Rede Nacional de Negras Lésbicas, Rede Nacional de Lésbicas e Bissexuais e diversos coletivos. 

Entre os representantes, está Janaína Oliveira, integrante do Coletivo Negro de Araraquara (SP), que destacou a importância da Parada. "É fundamental para que as pessoas compartilhem conhecimento, conheçam os homossexuais e a partir disso desconstruam os seus preconceitos".

 

Rayldo Pereira (flash)
Fábio Lima (Da Redação)
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