Um plantonista do hospital informou que a equipe da UTI cardiológica ainda tentou reanimá-lo, sem obter sucesso. Edson Queiroz Filho tinha 56 anos e já sofria de problemas cardíacos. Em junho de 1998, passou por uma cirurgia no coração, em caráter de semi-urgência, para colocação de quatro pontes (safena e mamárias), após realizar exames médicos em Fortaleza. O empresário permaneceu alguns dias na UTI. Em 1994, havia sofrido um acidente automobilístico.
Edson Filho era um dos seis herdeiros do casal Edson (morto em 1982 num acidente aéreo em Pacatuba-CE) e Yolanda Queiroz, atual presidente do Grupo Edson Queiroz. Por volta das 22h30, familiares e amigos do industrial se encontravam no hospital, mas preferiram não dar depoimentos. Até as 23h30min, não tinham sido informados os locais e horários do velório e sepultamento.
A notícia da morte do industrial foi recebida com tristeza e consternação por líderes empresariais cearenses. "O Estado perde um espírito empreendedor que contribuiu para o desenvolvimento da economia local, especialmente o comércio", afirmou Régis Dias, presidente da Federação Estadual do Comércio (Fecomércio-CE).
"Estivemos juntos recentemente e ele estava bem. Não há muito o que dizer a não ser lamentar muito", declarou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Roberto Macêdo. "Nós estamos solidários com a família. Rezamos a Deus para que dê forças a todos para que possam superar esse momento", disse a jornalista Luciana Dummar, presidente do Grupo de Comunicação O POVO.
PERFIL
Engenheiro mecânico formado pela UFC (1974) e industrial, Edson Queiroz Filho nasceu em 6 de outubro de 1951, em Fortaleza. Filho de Edson Queiroz e Yolanda Vidal Queiroz, foi deputado federal eleito em 1995 com 60.789 votos, cargo que renunciou em julho de 1997, e candidato a prefeito de Fortaleza (1996). Entrou na política pelas mãos do ex-deputado e ex-presidente nacional do PMDB, Ulysses Guimarães. Em maio de 1994, chegou a sofrer um acidente automobilístico. Foi filiado ao PMDB (1992-93), ao PP (1993-95) e ao PPB (a partir de 1995)
Fonte: O Povo
