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José Teles admite problema em treinamento, mas sai satisfeito

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Teles, o último no pelotão da foto, só arrancou na segunda metade da prova

 
Após cruzar a linha de chegada da Maratona na 38ª posição, o fundista piauiense José Teles falou com a imprensa e admitiu que o treinamento de um mês na altitude da Colômbia pode ter tido seu lado negativo. O maratonista se disse satisfeito com a participação nos Jogos Olímpicos de Pequim, mas confirmou que as condições climáticas atrapalharam, ao invés de ajudarem como estava previsto.
Acostumado a treinar na poluição de São Paulo e já prevenido com o calor chinês por ter nascido no sertão do Piauí, José Teles esperava que as condições fossem ser favoráveis, mas sentiu que estava errado logo nos primeiros quilômetros. Talvez ele não esperasse o ritmo tão forte da prova, mas a altitude colombiana que ajuda fundistas pode ter sido um tiro no pé.
 
"Lá era um pouco frio e seco, enquanto aqui estava muito quente e úmido. A gente corria uns dois quilômetros e a boca já ficava seca", disse à Reuters Brasil depois de completar a prova, sobre a cidade de Paipa, cerca de 2.400m de altitude. Em Pequim, o clima quente e úmido era o mesmo com o qual Teles está acostumado no Brasil, não na Colômbia. "Eu precisei reduzir o ritmo depois da metade da prova para poder concluir, senão não ia dar", acrescentou.
 
Marilson Gomes dos Santos, com quem treinou em Paipa, e Franck Caldeira não concluíram a Maratona.
 
Para completar a prova, valeu a experiência de quem detém a segunda melhor marca no ranking nacional. Disposto a manter o ritmo na primeira metade para só arrancar nos 21 quilômetros finais, José Teles ganhou mais de 30 posições enquanto os demais ficavam pelo caminho, e não alcançou o pelotão de frente porque a diferença para os líderes já era grande.  Mas o fundista se diz satisfeito. "A sensação de entrar nesse estádio, com as arquibancadas cheias, é muito boa. Valeu toda a dificuldade até hoje para chegar aqui", completou.
 
Fábio Lima (com informações da Reuters)
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