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Rodrigo Santoro fala sobre viver Jesus no filme Ben-Hur

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Um jovem internado em um manicômio por fumar maconha, um travesti presidiário, um semideus com poderes de super-herói. Em 23 anos de carreira, Rodrigo Santoro interpretou vários personagens complexos. Mas nenhum tão grandioso quanto Jesus Cristo, que vive agora no clássico Ben-Hur. O longa, que estreia este mês, é inspirado no livro de Lew Wallace e já foi levado ao cinema algumas vezes. Numa delas, em 1959, estrelado por Charlton Heston, faturou 11 Oscars, incluindo o de melhor ator. Agora, a história ganha nova adaptação do diretor russo Timur Bekmambetov. De jeans, camiseta e super-relaxado, numa entrevista exclusiva à Marie Claire, em Los Angeles, o ator carioca de 41 anos conversou sobre esse desafio, religiosidade e sua eterna vida de cigano.

Marie Claire - O que o atraiu no papel de Jesus Cristo?
Rodrigo Santoro - Na hora em que recebi o convite, pensei: “Nossa, você vai se meter nessa? Está louco!”. Mas aí calei essas vozes internas porque queria viver a experiência. O filme traz um Jesus muito mais humano e é bem distinto do que aparece na versão clássica de Ben-Hur. Jesus era filho de Deus, mas também era um homem e o longa vai nessa direção.

MC - Você esteve no Vaticano enquanto rodava  o filme  e encontrou o papa. Como foi essa experiência?
RS - Sublime. Fui a Roma numa pausa das gravações junto com o elenco de Ben­Hur, simplesmente para ouvi-lo falar. Estava do lado de uma senhora desesperada, que se sacudia. Ele veio falar com ela. Houve uma troca ali, sem dúvida. Também recebi uma bênção. No olhar dele, vi uma criança. Era de uma pureza!

MC - Você viaja muito. Como fica a vida pessoal numa vida sem rotina?
RS - Agora, quando venho a Los Angeles, fico mais tempo. Um dos motivos pelos quais achei interessante fazer a série West­world [com lançamento previsto para dezembro, pela HBO] foi por poder me estabilizar mais. Fico aqui cinco ou seis meses, acabou, beijo! Fora que tenho umas folgas no meio, aí viajo, minha mãe vem, a família vai. Mas tenho a vida de um equilibrista, estou sempre andando na corda bamba. Adoro viajar, mas cansa. Às vezes quero só estar em casa.

MC - Você tem  casa em Los Angeles?
RS - Sim, alugo um apartamento na cidade. Não tem como ficar em hotel. Então tenho minha “basezinha” aqui, minhas roupas, e assim posso viajar “levinho”.

MC - Uma vez você disse que sua mãe fazia sua mala. É verdade?
RS - No começo era mesmo! Agora é bem mais fácil, tenho minhas coisas aqui em Los Angeles. Aprendi também a fazer mala e sou bem prático. Coloco peças que vão com tudo. Não tenho problema algum em repetir roupa.

MC - Namoro a distância é complicado?
RS - Não é! A gente consegue e sempre está junto [Rodrigo namora desde 2013 a atriz e modelo gaúcha Mel Fronckowiak, de 28 anos, que mora no Rio]. Ela sempre vem aqui para Los Angeles e eu vou muito ao Brasil, mas não me exponho. Então as pes­soas acham que estou fora há tempos. Teve anos em que fui, sei lá, dez vezes. São muitas horas de voo, né? Mas não me arrependo. Sempre que vou, me sinto renovado. Tem o afeto que é impossível completar vivendo fora: os amigos, a família, meu surfe, minha água de coco, a academia, o futebol, meu cachorro, Petrópolis, minha avó... Tudo que faz parte de mim.

MC - E casamento? Está nos seus planos?
RS - Ainda não marcamos. Não costumo planejar essas coisas. Mas namoramos há três anos e estamos superbem.


Fonte: Revista Marie Claire

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