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Familiares e amigos vão a velório de Elke Maravilha

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O velório da atriz Elke Maravilha acontece na manhã desta quarta-feira, 17, no Teatro Carlos Gomes, na Praça Tiradentes, no Centro do Rio. Familiares, amigos e fãs prestam sua última homenagem à artista, que morreu aos 71 anos na madrugada desta terça-feira, 16, após ficar internada por um mês na Casa de Saúde Pinheiro Machado, em Laranjeiras, na Zona Sul carioca. Elke tratava uma úlcera e chegou a ser submetida a uma cirurgia, mas parou de responder ao tratamento.

O corpo de Elke chegou ao local antes das 8h para ser preparado por uma equipe de produtores e maquiadores da peça "Elke canta e conta". Além de ser vestida com figurino do musical, ela foi maquiada por amigos do jeito que costumava aparecer, sua marca registrada. O velório foi aberto ao público um pouco depois das 9h.

O irmão de Elke, Frederico Grunnupp, acompanhou o tempo todo o corpo da irmã. Frederico contou ao EGO que Elke sempre encarou a morte com naturalidade, mas que nunca se preocupou com isso. "Não esperava que isso fosse acontecer. Estou muito arrasado e triste. Além de ser minha irmã, era minha melhor amiga. Morávamos juntos no Leme, no Rio, e trabalhava para ela. Fico sem ter a companhia dela", disse ele.

Frederico ressaltou que a irmã fez um único pedido antes de ser internada. "Como ela tinha diabetes, sabia que podia ser arriscado. A única coisa que ela pediu, mas foi uma brincadeira, era que ela estivesse linda no enterro. Muito bem maquiada e usando seu figurino preferido, o vestido na cor ouro velho feito especialmente para o musical 'Elke Canta e Conta'. Fizemos isso porque sabemos que ela ia gostar. Estamos tristes, mas ficam as boas lembranças."

Sem cabeça para resolver questões burocráticas, Frederico ressaltou que foi graças a ajuda do prefeito do Rio, Eduardo Paes, que o velório aconteceu de forma especial. "Não tínhamos lápide para o enterro. E o prefeito do Rio foi muito carinhoso e prestou essa homenagem especial. Além de ajudar no velório, está arcando com os custos do enterro. A família toda está muito agradecida e feliz com o carinho e respeito das autoridades cariocas", afirmou ele, que infelizmente não terá a companhia dos outros irmãos na despedida.

"Uma irmã está morando na França e outros dois irmãos moram no Norte do Brasil. Estamos todos espalhados. O Jorge, que mora em São José dos Campos, já está a caminho", continuou.

A atriz Zezé Motta, de 72 anos, também esteve no  velório de Elke Maravilha e não conteve a emoção. Ela precisou ser amparada por amigos e foi colocada em uma das cadeiras do teatro.

A sobrinha Natasha lamentou a morte da tia e impressionou amigos pela semelhança com a atriz. "Ela sempre foi uma inspiração para mim. Era uma mulher de muita energia e de uma educação única. Além de falar mais de nove línguas, era uma das pessoas mais inteligentes que já conheci, ela me ensinou que o respeito ao próximo é o maior bem de valor que um ser humano pode ter nesta vida. Hoje, o céu ganha uma estrela", contou ela, que vestiu blusa com desenho do rosto de Elke estampado.

Um dos primeiros a chegar no velório foi o empresário Leleco Barbosa, filho de Chacrinha.  Acompanhado da mulher Maninha, ele afirmou que Elke era uma das poucas pessoas a quem o apresentador ouvia. "Eram muitos amigos e ela era uma espécie de Rivotril para ele. Era ela quem o Chacrinha escutava e pedia conselhos. Hoje eles se encontram no céu e festejam esse reencontro", lembrou ele.

Durante a cerimônia de despedida, o padre William Coelho, da Arquidiocese do Rio de Janeiro, subiu ao palco do teatro e disse algumas palavras sobre a partida de Elke aos presentes que se emocionaram, em especial, Elymar Santos.

Museu Elke Maravilha

O irmão de Elke, Frederico Grunnupp, garantiu ao EGO que os pertences da atriz não serão doados. "Vamos usar os figurinos, maquiagens e pincéis, sapatos e todas suas fotos para montar o Museu Elke Maravilha. A ideia é fazer com que seus  personagens e sua atuação como jurada seja eternizada e ponto de referência para a cultura brasileira. Nenhum item será doado por isso", explicou ele, que vai começar a tocar o projeto na semana que vem.

A vida de Elke

Nascida na Rússia em 22 de fevereiro de 1945, Elke Georgievna Grunnupp mudou-se para o Brasil ainda criança e naturalizou-se brasileira. Foi modelo, atriz, apresentadora e alcançou fama nacional ao participar como jurada de programas de calouros de Chacrinha e Silvio Santos.

A relação com Chacrinha, a quem chamava de "painho", era muito íntima. Em entrevista ao programa "Altas Horas", em 2014, Elke falou sobre o apresentador, de quem se tornou grande amiga e confidente. "Painho era extremamente afetivo. Ficava horas com ele dentro do camarim. Era muito gostoso."

TV e cinema

Elke participou de diversas produções na TV e no cinema e chegou a ter seu próprio programa, o "Programa Elke Maravilha", entre 1993 e 1996. Atuou em tramas como a minissérie "Memórias de um Gigolô", da Globo, em 1986 - na pele da inesquecível dona de bordel Madame Iara -, "Pecado Capital", de 1998, e "Caminho das Índias", em 2009, entre outras. No cinema, se destacou em produções como "Xica da Silva", de 1976, "Pixote: A Lei do Mais Fraco", de 1981, "Meu Passado me condena 2", de 2013, e mais recentemente "Carrossel 2: O Sumiço de Maria Joaquina", lançado este ano.

Um dos seus últimos trabalhos na televisão foi uma participação no quadro "O Grande Plano", do Fantástico, ao lado de Vilma Nascimento e Berta Loran, em dezembro de 2015.

Fonte: G1

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