O Piauí é um dos estados do país que mais sofre com tuberculose, hanseníase, doença de chagas, leishmaniose e geohelmintíase, doenças infecciosas tidas como negligenciadas. Para mudar esse cenário, o Governo do Estado realizará no dia 18 de agosto o Seminário de Apresentação do Plano Estadual de Enfrentamento das Doenças Negligenciadas do Piauí.
Esta é a primeira vez que o estado estrutura um plano de ação para tentar reverter os indicadores negativos para essas enfermidades, explica Inácio Lima, membro do Núcleo Estadual de Doenças Negligenciadas. “O seminário objetiva dar conhecimento às instituições sobre o cenário atual do Piauí e mudar essa imagem que tanto tem caracterizado as doenças chamadas doenças da pobreza, reconhecidas pela OMS pelas deficiências de condução e pela falta de assistência à população”.
Recentemente, o Governo do Estado e o Banco Mundial firmaram convênio para intensificar e dar maior dimensão de ação contra essas doenças. O plano de enfrentamento está estruturado para trabalhar essas cinco doenças e tentar dar um novo cenário sanitário, melhorando as condições de vida das pessoas acometidas por elas.
O plano prevê, além da preparação dos municípios, investir forte em capacitação dos profissionais dos municípios e reestruturar as áreas técnicas da Secretaria. “Pretendemos inovar os parques de equipamentos de laboratórios das Regionais de Saúde, incrementar a área de assistência farmacêutica, dar maior impulso às ações de campo de enfrentamento das endemias de chagas e leishmaniose, avançar na cura da tuberculose e hanseníase e fortalecer a adesão dos municípios no que diz respeito a geohelmintíase que hoje é uma das principais causas de internação no estado”, disse Inácio Lima.
A implantação das ações do plano inicia ainda no mês de agosto com a capacitação dos profissionais de saúde dos municípios. É um desafio, afirma Lima, “mas esperamos dar contribuição e melhorar as condições de vida da população que sofre dessas doenças negligenciadas no estado”.
