Durante audiência pública, na manhã desta quinta-feira (18), na Câmara Municipal, para discutir a melhoria do sistema de táxi em Teresina, representantes das cooperativas de táxi da capital reclamaram do alto índice de multas recebidas enquanto estacionam temporariamente nas áreas de embarque e desembarque de passageiros. Na oportunidade, os taxistas também relataram outros problemas recorrentes, como o grande número de assaltos aos profissionais, bem como a grande quantidade de vans que realizam transporte irregular de passageiros na cidade.
“Há um ano, começamos a fazer um grande movimento na cidade para que a classe dos taxistas pudesse expor os problemas pelos quais passa todos os dias. Queremos que o Poder Público possa definir as zonas de embarque e desembarque da cidade, pois não podemos deixar o cliente no meio da rua com suas bagagens. Isso iria prejudicar o nosso trabalho, mas não podemos ficar sendo penalizados com multas sem sentido. Também pedimos um maior rigor dos gestores municipais e estaduais em relação ao transporte irregular de passageiros, pois pagamos impostos e estamos adequados às normas impostas aos táxis e por isso mesmo não devemos concorrer com carros irregulares”, ressalta Raimundo Bezerra (Dico), diretor da Rádio Táxi.
Proposta pelo vereador Inácio Carvalho (PP), a audiência pública tinha como objetivo fomentar a discussão em relação à necessidade de capacitação dos taxistas para ofertar um melhor serviço à população, além de incentivar o uso das novas tecnologias para aumentar os canais de comunicação com os passageiros e também para manter a segurança dos profissionais. Os cursos básicos de línguas estrangeiras e de bom atendimento ao público também foram inclusos na proposta feita pelo parlamentar.
“São os taxistas e mototaxistas que trabalham diariamente na cidade e que conhecem bem os problemas de Teresina. Eles são uma espécie de cartão de visitas para todos aqueles que chegam na cidade e por isso mesmo devem estar prontos para melhor receber os clientes. Diariamente, a classe movimenta algo em torno de R$ 500 mil, sendo um agente econômico de grande importância para o crescimento da cidade”, argumenta Inácio Carvalho.
Ao final da sessão foram propostos alguns encaminhamentos na tentativa de sanar algumas das principais dificuldades dos taxistas e mototaxistas que atuam na capital, devendo ser transformados em projetos de Lei ou requerimentos a serem encaminhados ao Poder Público Municipal. Atualmente, a capital conta com uma frota de táxis e mototáxis que soma 4.293 veículos, responsáveis pela realização de aproximadamente 42 mil corridas diárias.
Baixa procura pelos cursos de capacitação
Maria José Sepúlveda, gerente da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, também participou da reunião, momento em que destacou a baixa procura dos taxistas em relação aos cursos de capacitação de atendimento e língua inglesa e espanhola. “Já temos esse projeto de capacitação para taxistas, mas é muito difícil conseguir fechar uma turma por conta dos horários de trabalho deles. Sabemos que uma pessoa qualificada atende melhor e por isso mesmo vamos tentar facilitar mais a realização desses cursos, além de divulgar mais amplamente esse trabalho”, afirma.
Da Redação
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