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Everton Diego promete reunificar gestão da saúde e diminuir cargos

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O candidato do PSOL à prefeitura de Teresina, Evérton Diego, quer acabar com o desmembramento da gestão da saúde na capital. Segundo ele, três órgãos (Fundação Hospitalar, Fundação Municipal de Saúde e Secretaria de Saúde) para gerir um mesmo setor terminam por causar prejuízos ao invés de solucionar problemas.

"A Secretaria de Saúde, que foi desmembrada em três, não tem efetividade. São três secretarias para uma mesma área e ainda tem uma chefia geral da mesma secretaria. Com isso, boa parte dos recursos ficam se perdendo no meio, no bolo administrativo", declarou em entrevista ao Jornal do Piauí.

Outra projeto do candidato, caso seja eleito, é reduzir ou até mesmo acabar com os cargos comissionados de forma que sobre mais recursos para investimentos. "A prefeitura tem 51% de servidores que não são efetivos e que não entraram pelo concurso ou que estavam antes da Constituição de 88. A maioria são de cargos comissionados colocados pelo prefeito. Se você reduz esse número ganha espaço na folha de pagamento para valorizar os efetivos e ganha espaço para contratar onde há carência de pessoal", afirmou.

Durante a entrevista Éverton Diego condenou "promessas revolucionárias" dos adversários e disse que em política não existe milagre.

"Temos promessas revolucionárias que não mostram a fonte dos recursos, não mostra como a cidade vai lidar com a situação que já existe e que todos nós sabemos que é complicada. Não é momento de promessas ilusórias para a população, como dizer que vai acabar com a violência e resolver mobilidade urbana de uma tacada só. A gente sabe que não existe milagre em política, em gestão", disse, voltando a defender uma auditoria nas contas da prefeitura.

"Não da pra compreender, por exemplo, que o atual prefeito seja auditor fiscal e não faça auditoria no município que ele gerencia, e que não haja transparência de fazer uma auditoria e levar os números para a população. O prefeito atual tem se gabado de fazer o feijão com o arroz, de fazer o mínimo, mas nós sabemos que a população não pode se contentar com o mínimo, já que ela não contribui com o mínimo. Nós pagamos muitos impostos. Não hã clareza na gestão fiscal do município", criticou.

Como exemplo de desperdício do dinheiro público, Diego citou a construção dos terminais de integração do transporte coletivo. "Precisamos ter um sistema de integração a custo zero. Essa integração pode acontecer somente no bilhete eletrônico. Esses terminais são desnecessários. Queremos fazer outro modelo de integração, esse daqui está sendo desativado em São Luis, por exemplo. Em São Paulo funciona a bilhetagem eletrônica, que integra até com metrô", afirmou.

Sobre a Guarda Municipal, o candidato criticou os adversários que querem usar o efetivo para policiamento ostensivo. "Prometer para a população vai resolver o problema da segurança é prometer o impossível. Essa guarda estará presente aonde tem patrimônio. Essa guarda não fará patrulha ostensiva. Nenhum país do mundo resolverá o problema de segurança com polícia, se resolve com educação, investimentos", finalizou.

Hérlon Moraes
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