Três rebaixamentos, três presidentes, uma dívida de quase R$ 200 milhões e 16 treinadores depois, a Portuguesa está oficialmente no último degrau antes do limbo do futebol brasileiro.

SERGIO BARZAGHI/Gazeta Press

Neste domingo, a equipe da capital paulista foi derrotada pela Tombense por 2 a 0 na última rodada do grupo B da Série C e viu sua queda para a quarta divisão nacional ser concretizada.

O clube do Canindé precisava vencer o adversário mineiro e ainda torcer por um tropeço do Macaé contra o Botafogo-SP - o que aconteceu, com empate em 1 a 1. No fim, porém, o time paulista não conseguiu sequer fazer a sua parte.

O primeiro gol do jogo saiu aos 29 minutos da primeira etapa. Ewerton Maradona chutou, foi travado, mas Alex pegou a sobra e arrematou para balançar as redes. A Lusa até pressionou, mas perdeu várias chances de empatar. Na segunda etapa, os mandantes fizeram o segundo 24 minutos, com Bileu.

Foi o quarto rebaixamento da equipe nos últimos três anos. Em 2013, a queda foi da Série A para a Série B, depois de perder pontos no episódio que ficou conhecido como "caso Héverton". No ano seguinte, queda da B para a C. Em 2015, o time caiu para a segunda divisão paulista.

A queda também não irá colaborar em nada para aliviar a difícil situação financeira da equipe, que deve ter seu estádio leiloado em novembro de forma a quitar dívidas trabalhistas, além de outros débitos, como IPTUs atrasados. O terreno é avaliado em R$ 154.296.529,68, quantia menor do que dívida total.

O caminho, porém, não é visto como ideal. Segundo José Luiz Ferreira, atual mandatário do clube, apenas um investidor que comprasse o terreno da Lusa e da prefeitura de São Paulo (o clube tem 45% da área do Canindé, enquanto o município tem 55%), remodelando o estádio e construindo um clube vertical, salvaria a Portuguesa das dívidas.

Fonte: msn