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Silas Freire critica votação de PEC e contraria seu partido

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O deputado federal Silas Freire (PR) protestou nesta sexta-feira (7) contra a aprovação na Câmara Federal do Projeto de Lei 4567/16, do Senado, que desobriga a Petrobras de ser a operadora de todos os blocos de exploração do pré-sal no regime de partilha de produção. Da bancada do Piauí, só ele e o deputado Assis Carvalho (PT) votaram contra.

"Sonhamos com a divisão dos lucros dos royalties do petróleo que ainda está judicializado no STF, agora nós entregamos a nossa riqueza para a Shell, para os internacionais. As informações que temos é que, com toda roubalheira que fizeram, ela ainda teria capital para fazer investimentos e captar o pré-sal. É a história do carrapato: vamos matar a vaca para tratar?", disse em entrevista ao Jornal do Piauí.

Silas foi contra seu partido, que seguiu orientações para votar com a proposta de interesse do governo. "O partido nessa votação não fechou questão, mas na 241 (PEC que limita gastos) já me mandou uma comunicação afirmando que se eu votar contra vou ser punido. Vou falar com o partido na segunda-feira", afirmou.

A PEC, aprovada por 23 votos a 7, trata de limites para os gastos públicos pelos próximos 20 anos. Na saúde e educação, por exemplo, todos os gastos terão que obedecer, no seu conjunto, a um teto equivalente à despesa do ano anterior corrigida pelo IPCA.

"Eu acho que  a saúde e educação deveriam ficar de fora, se não ficar, ter tratamento especial, como o prazo de 5 anos", afirmou.

Silas disse que tantas aprovações negativas tem frustrado sua vontade de disputar novamente uma vaga na Câmara Federal em 2018.

"Eu preciso me convencer para saber se vou disputar uma vaga de novo. Estou repensando com a minha família", concluiu.

Hérlon Moraes
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