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Sejus e Justiça estudam força tarefa para reduzir presos provisórios no Piauí

A Secretaria de Justiça e o Poder Judiciário do Piauí estudam uma força tarefa para acelerar o julgamento de presos provisórios, razão apontada pelo Estado para a superlotação do sistema prisional. O problema volta a ser debatido após uma nova fuga ocorrida na semana passada em Bom Jesus - a 135ª neste ano, nas contas do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi). 

"Recentemente conversamos com o doutor José Vidal de Freitas (juiz da vara de execuções penais) e estamos pensando em fazer uma pactuação no intuito de juntos, tanto poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, criar uma força tarefa para diminuir o índice de presos provisórios existente no sistema penitenciário do nosso estado", conta Carlos Edilson Sousa, subsecretário estadual de Justiça.

O Sinpoljuspi contabiliza 135 fugas em 2016, com 80 recapturados. Nas unidades prisionais, são mais de 4.600 detentos para cerca de 2.200 vagas. A Secretaria de Justiça afirma que mais de 2.600 desses presos são provisórios - ou seja, não foram julgados e podem ser inocentados, reduzindo a superlotação quando saírem da cadeia.

Os agentes penitenciários afirmam que a questão dos presos provisórios é real, mas apontam que a falta de estrutura das unidades prisionais é o fator que mais contribui para a fuga de presos. 

"Essa questão do provisório é falácia. Se fosse assim não existia fuga constante na Major César. A questão é de estrutura, superlotação desenfreada, carência elevada de agentes penitenciários e falta de infraestrutura que possa fazer com que se tenha ações que impessam que as fugas ocorram", diz o assessor jurídico do Sinpoljuspi, Vilobaldo Carvalho. 

Com  informações da TV Cidade Verde
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